A Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo realizou uma megaoperação para combater a produção e a soltura de balões na região da grande SP. A "Operação Balão" foi realizada em Mauá e na Vila Marina, Freguesia do Ó.
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Nas ocorrências os policiais conseguiram fechar duas fábricas, fizeram apreensão de vasto material para produção de balões e ainda realizaram a prisão de dois homens, um em cada local. De acordo com a Polícia Militar Ambiental , 25 policiais em 12 viaturas participaram da ação.
Em Mauá foram apreendidos: 01 bancada de 5.8 m, 1000 folhas de seda, 02 réplicas de balões de 40 e 70 cm, 4 litros de cola, 12 varetas de antena, 01 kg de algodão, 02 carretéis de linha, fitas de vídeo e fotos de balões. Já na diligência da Vila Marina, os policiais encontraram: 1 bancada de 4 metros, 3 rolos de sisal ( corda fina), 1000 folhas papel de seda, 5 litros de cola, 2 rolos de fita, marcação de medidas para confecção de balão.
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Os presos foram conduzidos para 28º DP de São Paulo e para o 10º DP de Mauá. Eles terão que pagar uma multa de R$ 15 mil .
Entenda melhor os perigos dos balões ilegais
A fabricação e comercialização clandestina de balões representa multiplos riscos para a sociedade, a começar pela aviação. Balões ilegais são um verdadeiro pesadelo para os pilotos, podendo causar desde colisões até a necessidade de efetuar manobras evasivas abruptas, causando interrupção e atrasos de pousos e decolagens.
Balões ilegais também são grandes agressores da população que esta no solo, causando todo tipo de problemas, a começar pela interrupção no fornecimento de energia elétrica. É mais comum do que se imagina, esses artefatos incendários cairem sobre cabos condutores das linhas de transmissão e de distribuição de eletricidade, e até mesmo dentro de subestações, causando curto-circuitos e incendios, e tendo como conseqüência a interrupção de energia em uma grande área da cidade.
Do ponto de vista ambiental, os balões são um dos seus piores inimigos, com grande potencial ofensivo. Ao cair em matas e florestas o incendio é praticamente garantido, causando destruição não apenas a flora, mas também colocando em risco o habitat e vida de animais.
Além disso, os balões não tripulados também causam danos ao patrimonio publico e privado ao cair sobre edificações e causar incendios. Para piorar essa situação, verdadeiros bandos de criminosos invadem residencias, pulam muros e sobem em telhados para conseguir "troféus" e recuperar partes dos balões. Segundo a Polícia, esses bandos são verdadeiras quadrilhas organizadas que, não raramente, portam armas de fogo colocando em risco a vida do cidadão de bem.
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Para a Polícia Militar Ambiental, a principal missão é apreender os balões ainda na fase de confecção, o melhor momento para reprimir o crime, evitando a situação que ocorreu na semana passada quando um balão passou perto de um avião comercial que se preparava para pousar no aeroporto de Cumbica em São Paulo.