Exército foi enviado ao Rio Grande do Norte para reforçar o trabalho da Polícia Militar no Estado
Divulgação/Governo do Rio Grande do Norte
Exército foi enviado ao Rio Grande do Norte para reforçar o trabalho da Polícia Militar no Estado

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte afirma já ter prendido 17 pessoas suspeitas de envolvimento nas rebeliões no presídio de Alcaçuz, nas proximidades de Natal, e nos ataques ocorridos nas ruas. Outros dois menores foram apreendidos. As informações foram divulgadas neste domingo (22) pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social.

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Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, cinco dos 17 presos são apontados pela polícia como líderes da facção criminosa responsável pelos assassinatos de pelo menos 26 presos dentro do presídio de Alcaçuz ao longo deste mês. São eles: Cláudio Candido do Prado, José Francisco dos Santos, Paulo Márcio Rodrigues de Araújo, Paulo da Silva Santos e Tiago de Souza Soares. O grupo, que já foi interrogado pelas autoridades responsáveis pelas investigações, responderá pelos crimes de dano ao patrimônio público, lesão corporal, vilipêndio de cadáver e organização criminosa.

Todos os 17 presos serão alvo de inquérito policial. Os adolescentes foram submetidos ao Poder Judiciário e deverão ser encaminhados para o cumprimento de medidas socioeducativas.

O governo do Rio Grande do Norte diz ainda que já transferiu 220 presos da Penitenciária de Alcaçuz para outros presídios do Estado. A operação contou com 400 policiais e agentes penitenciários, que utilizaram dez ônibus para fazer o transporte. Cerca de 60 viaturas deram apoio.

Busca por corpos

O Itep (Instituto Técnico-Científico de Perícia) está fazendo buscas por mais corpos em Alcaçuz. Estão sendo averiguadas as fossas do presídio, onde se suspeita haver mais partes de cadáveres.

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São as 40 fossas de 18 metros cúbicos espalhadas pela área do presídio. Segundo o Itep, o tamanho e a quantidade de fossas dificulta o trabalho de buscas. Até mesmo procurar pelas cabeças de 13 corpos decapitados já retirados do local é uma tarefa difícil. O diretor-geral do instituto, Marcos Brandão, admite que é provável que algumas nunca sejam encontradas.

Na primeira operação depois do massacre, foram encontrados 15 corpos sem cabeça e duas cabeças sem corpo. Identificadas as combinações entre as partes, restaram 13 cadáveres a serem completados. No último sábado (21), o Itep recolheu mais duas – uma delas incompleta – e um fragmento de crânio já em estado avançado de decomposição. O material será analisado para saber se correspondem a algum dos cadáveres já recolhidos ou se seriam de mortos ainda não contabilizados. Com o resultado positivo restariam ainda 11 cabeças a serem encontradas.

Muro

Foi construído ontem um muro dentro do presídio de Alcaçuz para dividir a unidade e separar presos de facções rivais . Apesar de a barreira já ter sido feita, a polícia ainda descarta ter retomado o controle da penitenciária .


* Com informações da Agência Brasil

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