O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta sexta-feira (6) que irá reabrir em definitivo a fronteira entre Brasil e Venezuela, que estava parcialmente bloqueada. Com isso, o trânsito de pessoas e o tráfego de automóveis e mercadorias voltam a ser normalizados, inclusive para a saída de cidadãos venezuelanos.
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A secretária extraordinária de Relações Internacionais do governo de Roraima, Verónica Caro, afirma que a demanda de pessoas para cruzar a fronteira havia diminuído nos últimos dias, depois que o presidente da Venezuela liberou parcialmente a travessia pela divisa, que havia sido totalmente fechada no dia 13 de dezembro. A reabertura parcial foi feita na volta do feriado de Ano Novo.
Os setores de importação e exportação dos dois países já estão reativados e o posto de combustível internacional de Santa Elena de Uiaren, no país vizinho, também foi reaberto na terça-feira (3), no período da manhã. “Estamos trabalhando para que nunca mais haja o fechamento das fronteiras”, ressaltou Verónica Caro.
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Mesmo com a queda na demanda, a secretária informa que um grupo de brasileiros ainda aguardava liberação da fronteira para retornar ao Brasil , bem como cidadãos venezuelanos que tentavam entrar no território brasileiro para obter alimentação e refúgio. “Muita gente vem apenas para comprar comida e volta. É um fluxo bem constante na fronteira”, disse.
Polêmica
O fechamento do posto internacional gerou forte reação nas redes sociais, pois é o único que abastece Pacaraima, principal cidade brasileira que faz fronteira com o país comandado por Maduro . Sem gasolina, o comércio e o trânsito de Pacaraima ficaram praticamente paralisados. Agentes policiais brasileiros que trabalham na região ameaçaram fechar a divisa do lado brasileiro como retaliação para acessar o posto.
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Maduro decidiu fechar a fronteira entre Venezuela e Brasil em 13 de dezembro. Segundo o decreto, o fechamento, inicialmente previsto para durar 72 horas, foi necessário para combater o contrabando de cédulas nacionais por máfias dos dois países. O presidente do país vizinho chegou a determinar a retirada de circulação de cédulas. O objetivo seria o de combater máfias internacionais (norte-americanas, colombianas, europeias e asiáticas) que estariam armazenando ilegalmente aquelas cédulas com o objetivo de desestabilizar a economia local.
* Com informações da Agência Brasil