Rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, terminou com 56 presos mortos
Reprodução/Google Maps
Rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, terminou com 56 presos mortos


Foram recapturados pelas forças de segurança do Amazonas 63 presos que estavam foragidos das unidades do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), em Manaus.

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Os presos fugiram entre o último domingo (1) e a segunda-feira (2), durante rebelião e conflitos entre facções criminosas em unidades prisionais, que acabaram em 60 mortes. No total, 118 presos escaparam de unidades prisionais, 112 do Compaj.

De acordo com o comitê criado pelo governo estadual, também foram transferidos detentos para a Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa (CPDRVP), no centro de Manaus. Desativada em outubro de 2016, a CPDRVP precisou ser usada para abrigar presos que não tinham convívio social com os demais detentos de suas respectivas unidades, e que também estavam recebendo ameaças. No momento a unidade abriga 279 internos.

Liberação dos corpos

Dos 60 detentos mortos, 39 foram identificados e 14 corpos foram liberados às famílias pelo Instituto Médico Legal (IML), de acordo com os órgãos do Sistema de Segurança Pública e de Administração Penitenciária do estado. A maioria dos corpos que foi reconhecida está degolada.

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A princípio, o Departamento de Polícia Técnico-Científica calculou que todo o processo de identificação poderia levar até um mês. E como o IML de Manaus não dispõe das condições necessárias para preservar todos os corpos, o governo estadual havia anunciado a intenção de alugar um contêiner frigorífico.

Além das 56 mortes no Compaj, outros quatro presos morreram na Unidade Prisional de Puraquequara, também em Manaus. Os assassinatos no Puraquequara ocorreram na tarde de segunda-feira (2), horas depois do fim da rebelião no Compaj.

Governo federal autoriza repasse para o sistema penitenciário

O Ministério da Justiça anunciou que será feito mais um repasse, de R$ 1,8 bilhão, para investir no sistema penitenciário do País. No final do ano passado, a pasta já tinha divulgado a liberação de R$ 1,2 bilhão aos Estados para construir e modernizar presídios.

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Segundo o ministério, o último repasse, anunciado em dezembro, foi “o maior da história para essa finalidade”. A pasta informou ainda que o novo repasse está previsto para o primeiro semestre de 2017.

“Cada Estado recebeu R$ 47,7 milhões, sendo cerca de R$ 32 milhões para a construção de novos presídios, sem necessidade de contrapartida, e o restante para equipamentos e outros gastos”, disse a pasta, por meio de nota.

*Com informações da Agência Brasil

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