Rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, terminou com 56 presos mortos
Reprodução/Google Maps
Rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, terminou com 56 presos mortos

A Polícia Civil do Amazonas anunciou nesta quarta-feira (4) que já identificou sete presos suspeitos de comandar a rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus (AM), que terminou com menos 56 mortos, sendo que a maioria foi decapitada. As identidades não foram divulgadas para não atrapalhar as investigações.

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A assessoria da Polícia Civil do Estado afirma que investigadores da corporação chegaram à conclusão sobre os suspeitos depois de terem ouvido o testemunho de agentes penitenciários e de presidiários. Os sete detentos apontados como líderes estariam à frente do confronto entre as duas facções criminosas que disputam o controle das atividades ilícitas na região: a Família do Norte (FDN) e o Primeiro Comando da Capital (PCC).

"Durante o curso da apuração da ocorrência, os nomes dos sete detentos apareceram de maneira incisiva o que dá indicativo da participação deles nos delitos”, afirmou o delegado Ivo Martins, responsável pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

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Na segunda-feira (2), o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes , e o governador do Amazonas, José Melo (Pros), anunciaram que os líderes das rebeliões serão transferidos para presídios federais em breve. Entretanto, de acordo com a DEHS, os suspeitos ainda estão em Manaus, onde irão permanecer até o encerramento da tomada de depoimentos.

Reunião

Na manhã desta quarta-feira, Moraes teve uma reunião com a presidente do Supremo Tribunal Federal ( STF ), ministra Cármen Lúcia, para discutir a respeito da situação das penitenciárias do País.

O ministro afirmou durante o encontro que a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) já havia sido informada sobre uma possível fuga em massa  nos presídios do Amazonas entre o Natal e o Ano Novo. Mesmo assim, Moraes assegurou que ainda não é possível falar em omissão por parte do governo estadual.

Moraes garantiu ainda que a Polícia Federal irá atuar junto com o Ministério da Justiça para monitorar e evitar outros motins em cadeias de todo o Brasil , especialmente diante do risco de vingança por parte de integrantes de facções criminosas envolvidas no confronto.


* Com informações da Agência Brasil

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