O presidente dos EUA, Joe Biden, candidato democrata à Casa Branca nas eleições de 2024, em Washington, EUA, em 11 de junho de 2024
Saul Loeb
O presidente dos EUA, Joe Biden, candidato democrata à Casa Branca nas eleições de 2024, em Washington, EUA, em 11 de junho de 2024

O conselho editorial do New York Times, jornal mais influente dos Estados Unidos, pediu nesta sexta-feira (28) ao presidente Joe Biden que desista de sua campanha pela reeleição e permita que outro democrata enfrente Donald Trump em novembro.

Em editorial publicado após o primeiro debate eleitoral, ocorrido na quinta (27) e considerado catastrófico para Biden,  o jornal descreveu o presidente, 81, como "a sombra de um líder", que "fracassou em seu próprio teste".

Jorna publicou que
Reprodução / The New York Times
Jorna publicou que "para servir este país, presidente Biden precisa deixar a corrida"


Além dele, outros jornais norte-americanos, como "The Wall Street Journal" e "Financial Times" e a revista "The Economist" também pediram o mesmo em editoriais publicados nessa sexta.

As publicações mostram preocupação com um possível novo mandato de Donald Trump caso Biden perca a disputa eleitoral, dizendo que Biden não seria capaz de derrotar o republicano nas urnas.

Biden titubeou, deixou frases incompletas e mostrou um olhar perdido durante os 90 minutos dolorosos do debate na TV, acompanhado por milhões de telespectadores.

"O Sr. Biden tem sido um presidente admirável. Sob a sua liderança, a nação prosperou e começou a enfrentar uma série de desafios de longo prazo, e as feridas abertas pelo Sr. Trump começaram a cicatrizar. Mas o maior serviço público que o Sr. Biden pode prestar agora é anunciar que não continuará concorrendo à reeleição", publicou o conselho editorial.

Membros do Partido Democrata também questionaram a capacidade de Biden de assumir um novo mandato. Mas o presidente americano garantiu hoje que pode "fazer o trabalho", e recebeu o apoio de seus antecessores democratas Barack Obama e Bill Clinton.

O próprio Trump disse em comício na Virgínia que não acredita que o adversário vá jogar a toalha, "porque se sai melhor nas pesquisas do que qualquer um dos democratas" cotados para substituí-lo.

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