
A NASA está em alerta máximo com o asteroide 2024 YR4, que circula no Sistema Solar. Na terça-feira (18), a agência anunciou que a probabilidade da rocha de 90 metros de largura atingir o planeta em 2032 é de 3,1%.
Com isso, os cientistas discutem como seria possível destruir o asteroide que pode colidir na Terra a 61.200 quilômetros por hora. "Ninguém está em pânico, mas é definitivamente sobre isso que estamos falando nos corredores da NASA", disse um gerente de projeto da agência ao New York Post.
"Sabemos que temos tempo suficiente para agir, mas agora é a hora de começar a planejar. Você não pode fazer isso pela metade no último minuto", afirmou o funcionário ao jornal.
Explodir asteroide é mais fácil que alcançá-lo
Uma das alternativas para destruir o 2024 YR4 seria enviar um foguete armado com explosivos enquanto ele avança em nossa direção. Para a NASA, o problema não é explodir o objeto, mas chegar até ele.
“Não seriam necessários tantos explosivos para neutralizar o 2024 YR4. A proeza seria chegar até ele e depositar os explosivos em sua superfície, precisamente na hora certa, no ângulo certo. Essa é a parte difícil", disse o gerente de projeto da NASA ao NY Post.
Segundo o cientista, o conhecimento sobre a densidade e a composição química do asteroide são fundamentais para determinar como destruí-lo. Os cientistas ainda não têm essas informações.
Sobre o tipo de bomba que seria usada, o funcionário da agência pondera que ainda é muito cedo para falar disso. Uma ogiva nuclear ou algum outro explosivo ainda não foram cogitados. Especialistas ainda estão na fase de esperar para observar o asteroide.
Asteroide se afasta, mas volta
Atualmente o 2024 YR4 está se afastando da Terra em uma rota elíptica que o leva para mais perto do Sol. O asteroide leva aproximadamente 4 anos para orbitar a estrela.
Alguns cientistas acreditam que as probabilidades do 2024 YR4 colidir com a Terra vão cair em sua próxima órbita.
“Seremos capazes de rastrear o 2024 YR4 até abril, e então ele estará muito longe. Mas podemos aprender muito no próximo mês e descobrir o que fazer a partir daí”, disse ao Post o funcionário da NASA.
A possível trajetória do objeto em um eventual impacto ameaçaria diretamente cidades como Bogotá, na Colômbia, Lagos, na Nigéria, e Mumbai, na Índia.
O Post confirmou que a NASA tem estado em contato com várias agências espaciais de outras potências, incluindo a Administração Espacial Nacional da China (CNSA), a agência espacial russa Roscosmos e a Agência Espacial Europeia (ESA).