Após um mutirão que realizou cirurgias de catarata em 48 pacientes no Rio Grande do Norte , oito pessoas perderam um globo ocular . Ao todo, 15 pacientes tiveram problemas oculares e sintomas de endoftalmite, infecção pela bactéria Enterobacter cloacae.
A cirurgia fez parte de um mutirão que aconteceu na Maternidade Dr. Graciliano Lordão em 27 e 28 de setembro na cidade de Parelhas, a 245 km de Natal. Vinte e oito pessoas foram atendidas no segundo dia, e 20 do primeiro. Todas as pessoas afetadas faziam parte do grupo de 20 pessoas da sexta-feira.
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Secretaria da Saúde se pronuncia
Tiago Tibério dos Santos , secretário de Saúde de Parelhas, disse ao g1: "Infelizmente, 15 pacientes foram acometidos pela infecção bacteriana. Destes 15, 8 tiveram que retirar o globo ocular, 4 fizeram cirurgia de vitrectomia [substituição de um gel que fica dentro do olho] e 3 seguem sendo acompanhados pelos oftalmologistas."
A Secretaria abriu um inquérito e começa a ouvir nesta terça-feira (15) as pessoas envolvidas no caso, inclusive funcionários da Oculare Oftalmologia Avançada LTDA, empresa contratada para fazer o mutirão.
Os mutirões acontecem na cidade desde 2022 e, de acordo com a autoridade, não há histórico de outros problemas similares.
O que dizem os responsáveis
A empresa Oculare emitiu uma nota sobre o ocorrido, e garantiu que seguiu todos os protocolos médicos obrigatórios, além de contar com a atuação de uma oftalmologista experiente. Também se propuseram a prestar auxílio necessário.
"Assim que os primeiros casos de complicações foram relatados, a equipe médica prontamente reavaliou todos os pacientes e tomou as medidas necessárias para o tratamento imediato, disponibilizando serviço médico especializado em tempo integral. Os pacientes afetados estão recebendo toda a assistência médica, incluindo tratamento com antibióticos, conforme os melhores protocolos oftalmológicos, bem como submissão à realização de vitrectomia nos casos indicados."
A empresa enviou amostrar biológicas para uma investigação da Superintendência de Vigilância Sanitária (Suvisa) para entender o que poderia ter levado às infecções nos pacientes operados.
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