Davi Geovane
Reproduçao TV Globo
Davi Geovane

O programa Fantástico deste domingo (22) mostrou o reencontro entre Davi Geovane, um menino de 8 anos, e Diego Mendes, um mototaxista de 32 anos. A conexão entre eles surgiu de um acidente ocorrido no Rio de Janeiro em que Davi perdeu o braço.

Tudo começou no dia 6 de setembro, quando Diego chegou a um hospital transportando duas pessoas em sua moto. Aparecida Guimarães, mãe de Davi, foi a primeira a descer e rapidamente foi ajudar seu filho, que estava entre os feridos. Naquele dia, por volta das 22h20, um ônibus tombou na Zona Norte da cidade, deixando 26 pessoas feridas, incluindo Davi e sua mãe.

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"O motorista costuma ir devagar. Hoje, ele veio muito rápido. Quando o ônibus desceu do viaduto, ele perdeu o controle e virou", disse a atendente Lidiane Cristina Viana, no dia do acidente.

Alguns feridos em estado grave foram encaminhados para um hospital público, entre eles, dois homens que perderam os braços e não conseguiram realizar o reimplante.

Diego chegou ao cenário do acidente antes dos bombeiros e viu Davi e sua mãe em meio ao caos. 

"Eu vi o Davi saindo do ônibus e, quando olhei pra ele, ele já estava sem o bracinho. Naquele hora do desespero e da confusão, a única coisa que eu queria era tirar ele dali e correr pra um hospital mais próximo", contou Diego.

"Aí ele virou para mim e disse 'vamos mamãe', vamos logo para o hospital. Eu chorava demais. Esse menino foi forte o tempo todo", relembra Aparecida Guimarães.

A viagem até o hospital, a cerca de 1,5 km do local do acidente, foi crucial para o atendimento de Davi, mas não foi o único fator que ajudou. Patrícia Brito, dona de um bar em frente ao local, encontrou o braço amputado de Davi e, com a ajuda de outros moradores, conseguiu gelo para preservá-lo.

Em um gesto de carinho, Diego voltou ao local para buscar Pandora, a cachorrinha de Davi, que também estava no ônibus. Ele entregou a cachorrinha a uma amiga da família antes de retornar ao hospital.

O reimplante

"Até aquele momento a gente não sabia se ia dar certo ou não [o reimplante]. Mas a gente tinha que encarar, é assim que a gente encarou", conta Ricardo, diretor do hospital.

O braço de Davi foi amputado pouco abaixo do ombro. Rudolf Kobig, microcirurgião e especialista em reimplante, atendeu Davi e explicou que "o braço estava perfeitamente acondicionado em água e gelo dentro de um saco plástico; se estivesse em contato direto com o gelo, teria congelado".

O procedimento de reimplante durou mais de cinco horas e exigiu o uso de um microscópio de alta definição para a reconstrução dos vasos e artérias, utilizando um fio de nylon mais fino que um cabelo.

O médico afirmou que Davi ainda passará por outros procedimentos para recuperar a melhor função possível de seu braço. Enquanto isso, o menino, que havia perdido o braço em um acidente, foi tratado com carinho e atenção.

"Ainda tem alguns procedimentos auxiliares que a gente vai fazer e para ele poder voltar com a melhor função possível do braço dele", explicou o médico.

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