Um homem queniano que a polícia afirma ter c onfessado ter assassinado e desmembrado 42 mulheres escapou de uma cela da polícia de Nairobi, juntamente com uma dúzia de outros detidos, disse a polícia terça-feira (20).
Collins Jumaisi, 33 anos, descrito pela polícia como um “vampiro, um psicopata”, foi preso no mês passado após a horrível descoberta de corpos mutilados num depósito de lixo numa favela da capital queniana.
“Eles escaparam ontem à noite, 13 no total, incluindo o principal suspeito no caso do assassinato no depósito de lixo”, disse à AFP a policial queniana Resila Onyango.
Ela disse que os outros 12 detidos que também escaparam da delegacia eram todos eritreus.
Jumaisi compareceu na sexta-feira num tribunal em Nairobi, onde o magistrado ordenou que ele fosse detido por mais 30 dias para permitir que a polícia concluísse as suas investigações.
Dez corpos femininos massacrados e amarrados em sacos plásticos foram encontrados no lixão de uma pedreira abandonada na favela de Mukuru, em Nairóbi, informou a Comissão Nacional de Direitos Humanos do Quênia no mês passado.
Jumaisi foi detido na madrugada de 15 de julho perto de um bar onde assistia à final do Euro 2024 de futebol.
O chefe da Direcção de Investigações Criminais, Mohamed Amin, disse após a sua detenção que Jumaisi confessou ter assassinado 42 mulheres durante um período de dois anos a partir de 2022, e que a sua esposa foi a sua primeira vítima.
“Estamos lidando com um vampiro, um psicopata”, disse Amin na época.
Os corpos abandonados chamaram a atenção da força policial do Quénia, pois foram encontrados a apenas 100 metros de uma esquadra da polícia.
O KNCHR, financiado pelo Estado, disse em Julho que estava a realizar as suas próprias investigações sobre o caso Mukuru porque “é necessário descartar qualquer possibilidade de execuções extrajudiciais”.
O órgão de vigilância da polícia do Quénia, a Autoridade Independente de Supervisão da Polícia, também disse que estava a investigar se havia qualquer envolvimento da polícia ou uma "falha na acção para prevenir" as mortes.
A polícia queniana é frequentemente acusada por grupos de defesa dos direitos humanos de cometer homicídios ilegais ou de comandar esquadrões de morte, mas poucos enfrentaram a justiça.