O relacionamento entre Pedro Granato Oliveira, de 34 anos, e Natasha Cristina Curimbaba, de 22, teria começado há pelo menos dois meses, conforme informações da Polícia Civil. Pedro foi encontrado morto a facadas no fim de julho, em Poços de Caldas (MG). A principal suspeita do crime, Natasha Curimbaba, foi presa esta semana em uma clínica psiquiátrica localizada em Petrópolis (RJ).
A Polícia Civil ainda não esclareceu a motivação do crime. Natasha já possui registros de agressões anteriores, incluindo esfaqueamento de um ex-namorado, a mãe dele e uma amiga. Ela deve ser ouvida na próxima semana.
Segundo as investigações, tanto Pedro quanto Natasha eram usuários de drogas. Restos de drogas foram encontrados no apartamento da vítima.
Pedro Granato Oliveira foi esfaqueado na noite de domingo, 28 de julho. Ele e Natasha passaram o dia juntos, fazendo um churrasco e posteriormente indo ao Morro do Chapéu, no Parque Vivaldi Leite Ribeiro, onde o crime ocorreu. “Investigações apontam que o casal deixou o condomínio minutos antes do crime e seguiu até uma área aberta com vista privilegiada da cidade, normalmente usada para observar o pôr do sol e fazer uso de drogas e bebidas alcoólicas”, informou a polícia.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que Pedro escorregou por um barranco e caiu perto de uma árvore, já ferido no pescoço, axila e mão. Moradores chamaram o SAMU, mas ele faleceu no local. A polícia descobriu que Natasha retornou sozinha para o condomínio pouco depois que Pedro foi encontrado com vida por testemunhas.
Pedro Granato Oliveira era descrito por familiares como uma pessoa muito querida e respeitada. Ele foi encontrado sem documentos e pertences pessoais no dia do crime. Sua identificação ocorreu dois dias depois, em 30 de julho, após a família denunciar seu desaparecimento e a empresa confirmar sua ausência no trabalho. O sepultamento de Pedro aconteceu no dia 31 de julho no Cemitério da Saudade, em Poços de Caldas.
Natasha Cristina Curimbaba foi presa preventivamente na terça-feira, 6 de agosto, em uma clínica psiquiátrica em Petrópolis. A prisão foi realizada após a Polícia Civil solicitar um mandado de prisão temporária para coletar mais informações sobre o caso. “Tentamos contato para ouvir a suspeita na semana passada, mas os advogados informaram que ela estava enfrentando problemas psicológicos”, relatou o delegado Cleyson Brene. Natasha foi transferida para o presídio de Poços de Caldas e deverá ser ouvida nos próximos dias.
Além das acusações atuais, Natasha tem um histórico de agressões violentas e passagens pela Polícia Militar por envolvimento com drogas. O delegado destacou a semelhança no “modus operandi” dos crimes anteriores, incluindo o golpe fatal que foi desferido na garganta da vítima.
O material genético coletado no local do crime será analisado em Belo Horizonte. A perícia é considerada crucial para o avanço das investigações. Além das provas coletadas, o depoimento de Natasha será vital para esclarecer as circunstâncias e motivações do crime. O delegado Cleyson Brene não descarta a possibilidade de uma reconstituição do crime, se necessário para elucidar os fatos.