Em meio às recentes falas envolvendo o presidente Lula (PT) e os ataques criminosos de Israel contra Gaza, o mandatário brasileiro disse nesta quinta-feira (29), em Georgetown, ser contra o Hamas da mesma maneira que se coloca contrário ao governo de Israel.
Em seu encerramento de agenda na capital da Guiana, Lula afirmou que o Brasil é contrário às guerras e medidas terroristas que estão acontecendo mundialmente. "Todo mundo sabe que o Brasil é contra a Guerra da Ucrânia, contra o que está acontecendo na Faixa de Gaza e contra os atos terroristas do Hamas". O presidente completou sua fala dizendo que "o Brasil não quer e não tem contencioso com nenhum país no mundo".
Agora, Lula cumprirá agenda em São Vicente e Granadinas, no Caribe. Lá, se reunirá com o presidente venezuelano Nicolás Maduro, além de participar da cúpula da Celac (Comunidade dos Estados Latino-americanos e do Caribe).
Caracas, capital da Venezuela, exige a região guianense de Essequibo, que corresponde cerca de 67% da Guiana. A cidade venezuelana já ameaçou tomar a força a região, que foi incluída no mapa do país por Maduro, após um referendo aprovar a incorporação da área.
Lula disse indiretamente em relação à disputa territorial que "a integração do Brasil com Guiana faz parte da estratégia do país em ajudar não apenas no desenvolvimento, mas trabalhar intensamente para que a América do Sul seja uma zona de paz no planeta".
Apesar do posicionamento do presidente brasileiro, Lula afirmou que a reunião que teve com o mandatário da Guiana " não foi sobre questões territoriais, mas sim sobre desenvolvimento e investimento ". Disse ainda que será da mesma forma com Maduro, pois a "reunião não servirá pra isso".