Lula cumprimentando com príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman
Ricardo Stuckert/ PR
Lula cumprimentando com príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman

Começa nesta quinta-feira (30) a 28ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A previsão é que o evento dure duas semanas, onde serão discutidas soluções para a crise climática que vem provocando eventos extremos no Brasil e no mundo. 

Ao todo, diplomatas de 200 países e diversos chefes de governo estarão presentes. Este ano, cerca de 36 mil delegados (negociadores, profissionais da imprensa, observadores internacionais etc.) confirmaram presença.

Entre eles, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, o premiê britânico, Rishi Sunak, e o presidente francês, Emmanuel Macron. Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, enviará um representante. 

presidente Lula já está no Oriente Médio e seu discurso é bastante aguardado, já que ele promete retomar o comprometimento com a agenda ambiental. O presidente participa a partir de sexta-feira (1º) e uma comitiva de diversos ministros é aguardada em Dubai.

A intenção do governo brasileiro é mostra-se como líder ambiental e atrair investimentos para preservação e transição energética. O presidente Lula deve apresentar os dados de queda no desmatamento da Amazônia para ajudar no seu discurso.

O evento reúne governos do mundo inteiro, diplomatas, cientistas, membros da sociedade civil e diversas entidades privadas para discutir estratégias, metas e compromissos para enfrentar as mudanças climáticas.

O encontro vem sendo realizado desde 1995. O termo COP é uma sigla em inglês que quer dizer "Conferência das Partes", uma referência às 197 nações que concordaram com um pacto ambiental da ONU de 1990.

O tratado acordado por países membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) visa tomar decisões sobre questões relacionadas às mudanças climáticas globais.

Cada vez mais urgente, o tema do aquecimento global deve ser a principal pauta, já que em 2023, pela primeira vez, o mundo registrou um dia com temperatura média global 2ºC acima da pré-industrial. 

Além disso, segundo o observatório europeu Copernicus, o mês de outubro de 2023, foi o mais quente já registrado em nível mundial, com uma temperatura média do ar à superfície de 15,3°C, o que representa 0,85°C acima da média de outubro de 1991 a 2020 e 0,4°C acima do outubro mais quente anterior, em 2019.

Entre os temas debatidos estarão balanço global (global stocktake), combustíveis fósseis, perdas e danos e financiamento e adaptação climática.

O Balanço Global é uma avaliação de como os países estão lidando com as suas metas climáticas. O tratado foi assinado em 2015, durante a COP 21, em Paris. Seu principal objetivo é manter o aquecimento global do planeta bem abaixo de 2°C até o final do século.

No âmbito do Acordo de Paris, as nações desenvolvidas se comprometeram a destinar US$ 100 bilhões anualmente a partir de 2020 para auxiliar os países em desenvolvimento na adaptação às mudanças climáticas.

Entretanto, essa meta tem sido descumprida, e havia expectativas de que durante as negociações da COP 27 alguma medida imediata fosse acordada para resolver essa lacuna.

Já no tema dos combustíveis, a meta é ampliar o uso de energias renováveis e restringir carvão, petróleo e gás natural. 

Em 2025 a COP será no Brasil, devido à rotatividade dos continentes que sediam o evento. Para 2024, no entanto, ainda há indefinição sobre o país que sediará o evento. 

A sede deste ano vem sendo alvo de críticas por conta da relação do presidente dos EAU, Sultan Ahmed Al-Jaber, com magnatas da indústria de petróleo.


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