Qin Gang, ministro das relações exteriores da China fala em confronto com os EUA
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Qin Gang, ministro das relações exteriores da China fala em confronto com os EUA

O ministro chinês Qin Gang (Relações Exteriores) ameaçou, nesta terça-feira (7), entrar em 'conflito e confronto' com Estados Unidos, caso o país continue com sua atitude "distorcida" em relação à região asiática. 

"Se os Estados Unidos não pisarem no freio e continuarem a acelerar no caminho errado, nenhuma barreira poderá impedir o descarrilamento, que trará um conflito e confronto, que arcará em consequências catastróficas", declarou Gang em entrevista coletiva.

No encontro de quase duas horas, perguntas enviadas antecipadamento por jornalistas, foram respondidas pelo ministro. 

As relações geopolíticas entre os países estão em estado de ebulição. Questões que incluem Taiwan, comércio exterior e também a recente guerra na Ucrânia , têm afrouxado as relações diplomáticas. Para piorar,  no mês passado, os Estados Unidos derrubaram um balão metereológico, supostamente chinês, sobrevoando a costa leste americana. 

Para Gang, “a percepção e as visões dos EUA sobre a China estão seriamente distorcidas. [Os EUA] consideram a China como seu principal rival e o maior desafio geopolítico”.

Os EUA, contudo, fogem do assunto 'conflito' a afirmam que estão 'estabelecendo barreiras' para as relações e 'não estão buscando conflito'.

Em resposta, o chanceler chinês alegou que “os EUA afirmam que buscam competir com a China, mas não buscam conflito. Mas, na realidade, a chamada 'competição' dos EUA é contenção e repressão total, um jogo de soma zero de vida e morte”, 

Ditado chinês sobre a política dos EUA na guerra na Ucrânia

Qin fdefendeu o que disse se chamar de ' diplomacia do guerreiro lobo'  e sem especificar claramente disse que 'mão invisível' pressionou a intensificação da guerra na Ucrânia 'para servir a certas agendas geopolíticas'

"Quando chacais e lobos estão bloqueando o caminho e lobos famintos estão nos atacando, os diplomatas chineses devem dançar com os lobos e proteger e defender nossa casa e nosso país", contou.

Sentindo-se isolados, o presidente da República Popular da China, Xi Jinping, e o russo, Vladimir Putin de estreitar suas relações no momento em que o mundo se torna mais turbulento em relação aos dois países comunistas. 

Qin discordou da postura norteamericana, ao declarar que Vladimir Putin comete crimes contra a humanidade no país vizinho. Mas, não confirmou se Xi Jinping visitaria a Rússia após a sessão do parlamento da China. 

O presidente da China ainda não conversou com o presidente da Ucrânai, Volodymyr Zelensky. Ao passo que desde a invasão russa no sudoeste ucraniano, Xi Jinping se encontrou falou com Putin por várias vezes. 

Hegemonia do dólar no mercado global

O chanceler respondeu sobre um possível abandono ao dólar no comercio bilateral entre China e a Rússia. Ele disse que ambos os países devem usar qualquer moeda que seja ''eficiente, segura e confiável''.

A China visa valorizar a imagem de sua moeda e internacionalizar o renminbi (yuan). No ano passado, a moeda se tornou mais popular, após as sanções ocidentais fecharem bancos russos e muitas empresas ficarem de fora dos sistemas de pagamento em dólar e euro .

"As moedas não devem ser o trunfo para sanções unilaterais, muito menos um disfarce para intimidação ou coerção", concluiu.

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