À mesa reservada a autoridades, Queiroguinha (à direita) acompanha o pai, o ministro Marcelo Queiroga (de colete), em evento na cidade de Monteiro, na Paraíba
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À mesa reservada a autoridades, Queiroguinha (à direita) acompanha o pai, o ministro Marcelo Queiroga (de colete), em evento na cidade de Monteiro, na Paraíba

Parlamentares de diferentes partidos criticaram a participação de Antônio Cristovão Neto em agendas oficiais do seu pai, o ministro da Saúde , Marcelo Queiroga. Conhecido como Queiroguinha, ele vai disputar uma vaga na Câmara nas eleições deste ano.

Com apoio de Queiroga, o estudante de medicina de 23 anos se lançou como pré-candidato pelo PL da Paraíba, partido do presidente Jair Bolsonaro.

“O ministro, como qualquer cidadão brasileiro, tem o direito de lançar seu filho. No entanto, é claro, não pode fazê-lo em solenidade oficial do Ministério da Saúde, porque, assim, estaria infringindo a legislação eleitoral”, disse o senador Marcelo Castro (MDB-PI), que foi ministro da Saúde de outubro de 2015 a abril de 2016.

Ao lado do ministro, Queiroguinha foi a pelo menos cinco ocasiões no último trimestre, nas quais se sentou à mesa reservada a autoridades. Numa sexta, substituiu o pai, que não pôde participar, como representante da pasta e, como tal, discursou à plateia.


Diante desse cenário, o deputado Alexandre Padilha (PT-SP) entrará com um requerimento de informações à pasta, que deverá detalhar a participação dele e os gastos. Para o parlamentar, a denúncia é “grave” e pode se enquadrar em “abuso do poder administrativo e econômico”:

“O ministro de Bolsonaro deveria estar mais preocupado com o futuro dos filhos e filhas de quem morreu de Covid-19, do que com o futuro do seu próprio filho. Deveria estar mais preocupado com o desmonte do Programa Saúde da Família do que apenas com sua família. Entraremos com Requerimento de Informação ao Ministério da Saúde solicitando detalhes da participação do pré-candidato nas viagens, deslocamentos, agendas e comitivas do Ministério da Saúde", afirmou Padilha.

"A denúncia, portanto, é grave e vamos cobrar as informações do Ministério não apenas de uso de estrutura, mas também da participação do pré-candidato em decisões da pasta que possam configurar abuso do poder administrativo e econômico para um pré-candidato."

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