O presidente do diretório do Partido Liberal no Rio, deputado federal Altineu Côrtes, divulgou nota, neste sábado, para afirmar que o governador do Rio, Cláudio Castro, do mesmo partido, apoia a reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Conforme mostrou reportagem do GLOBO, o governador disse que sua “chapa dos sonhos” para o governo do Rio era ter o secretário municipal de Fazenda, o deputado Pedro Paulo (DEM-RJ), como vice, e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), André Ceciliano (PT), como candidato ao Senado.
"O PL é da base de apoio do presidente Jair Bolsonaro e está comprometido com seu projeto de reeleição. Este mesmo compromisso nacional é acompanhado pelo PL no Rio e por todas as suas lideranças. As aspas atribuídas a fala do Governador Cláudio Castro não são verdadeiras. O Governador, filiado ao PL, já reiterou publicamente - recentemente ao jornalista Datena, o apoio à reeleição de Jair Bolsonaro", diz a nota.
O governador fez a afirmação quando conversava de maneira descontraída com Pedro Paulo e Ceciliano, durante o lançamento de uma revista no Rio na quarta-feira.
Por trás da brincadeira, no entanto, há uma verdade. O aceno de Castro a Pedro Paulo e a Ceciliano representa um movimento do governador para o centro — algo que o mandatário tem tentado fazer para se distanciar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de quem é aliado e que hoje sofre uma queda acentuada na popularidade. Castro, no entanto, não rompe com o ex-capitão, pois ainda conta com os votos de bolsonaristas e mantém a imagem de ser o candidato da família Bolsonaro no estado.
Castro também tem muito interesse em trazer Pedro Paulo para sua chapa e atrair o apoio do prefeito do Rio, Eduardo Paes, considerado um trunfo na corrida ao Palácio Guanabara e que já foi cortejado por outros pré-candidatos ao governo, como o deputado federal Marcelo Freixo (PSB) e o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT). O prefeito do Rio, porém, continua a afirmar que seu candidato ao cargo é Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Paes, no entanto, não deixa de conversar com nenhum dos postulantes.