Bandeira do movimento fundamentalista islâmico Talibã
Reprodução: Google/licenciáveis
Bandeira do movimento fundamentalista islâmico Talibã

A Grécia ergueu uma barreira de 40 quilômetros de extensão em sua fronteira com a Turquia para bloquear uma eventual onda de refugiados do Afeganistão.

A obra havia sido iniciada em junho passado, em meio à retirada das tropas dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) do território afegão, o que indica que os países envolvidos na missão militar já esperavam uma rápida retomada do poder pelo Talibã.

"Não podemos esperar passivamente por um possível impacto", disse na última sexta-feira (20) o ministro da Proteção dos Cidadãos da Grécia, Michalis Chrisochoidis, durante uma visita a Evros, onde fica a barreira.

A Grécia esteve na linha de frente da crise migratória de 2015, quando centenas de milhares de migrantes e refugiados, sobretudo da Síria, entraram no país a partir da Turquia e seguiram em direção ao norte da Europa através dos Bálcãs.

A chamada "rota balcânica" só foi fechada em 2016, quando a UE assinou um acordo que prevê a deportação para a Turquia de sírios que cheguem à Grécia de forma clandestina.

Segundo Chrisochoidis, a crise afegã cria a possibilidade de "novos fluxos migratórios" na Europa. "Nossas fronteiras continuarão invioláveis", prometeu o ministro, enquanto a União Europeia vem cobrando que os Estados-membros acolham refugiados do Afeganistão.

"Peço a todos os países que participaram da missão no Afeganistão, europeus ou não, que ofereceram cotas para reassentamento e corredores seguros, de modo a garantir refúgio a todos que necessitam. Estamos prontos a ajudar os Estados-membros da UE que decidam acolher", disse nesta sábado (21) a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Veja:


    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!