Durante a sessão desta quarta-feira (19), a CPI da Covid aprovou uma série de requerimentos em favor da quebra de sigilo de influenciadores e blogueiros pró-Bolsonaro. Senadores governistas alegam que a decisão seria uma forma de tolher a liberdade de expressão daqueles que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Além de blogueiros e influenciadores apoiadores de Bolsonaro, a CPI também aprovou a quebra de sigilo fiscal do líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP), e de Frederick Wassef, advogado que atua em casos envolvendo a família do presidente.
Para o senador Eduardo Girão (Podemos), ao desmonetizar páginas e sites suspeitos de produzir fake news, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), no futuro, poderia afetar também a imprensa.
"Quero fazer um apelo porque estamos vendo uma verdadeira caçada dos tribunais. O TSE está desmonetizando sites e blogues de ideias que tem ideias divergentes de narrativas que a gente tem visto no Brasil. Começa com site, começa com blog, depois afeta a imprensa", disse Girão.
O senador Marcos Rogério (DEM) também se mostrou contrário à decisão, classificou a quebra de sigilos como "perseguição política". "Houve um requerimento entre esses que foi aprovado hoje relacionado a servidora Thais Amaral de quebra de sigilo desta servidora, desconectado de qualquer fundamento desta CPI, mas que houve a sua deliberação. Registrei meu voto contra todas as quebras", afirmou.