Sem provas, presidente ataca urna eletrônica
Reprodução: iG Minas Gerais
Sem provas, presidente ataca urna eletrônica

Sem apresentar provas , o presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar as urnas eletrônicas neste sábado. A apoiadores na frente do Palácio da Alvorada , o presidente defendeu a adoção do voto impresso como uma forma de evitar fraudes .

Bolsonaro disse que vai apresentar “inconsistências” nas urnas eletrônicas na próxima quinta-feira. No fim de junho, o presidente foi instado pelo corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Felipe Salomão, a explicar suas recorrentes declarações sobre fraudes nas eleições.

"Na quinta-feira eu vou demonstrar em três momentos a inconsistência das urnas, para ser educado. Não dá para termos eleições como está aí", disse o presidente.

Bolsonaro ainda atacou o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, que vem defendendo o funcionamento do processo eleitoral e já disse que acusações levianas de fraude eram ofensivas a todos.

"Você vê o Barroso falar: as eleições são confiáveis. Se são confiáveis, por que não bota o impresso também? Qual o medo dele? É da boca pra fora? Vocês acreditam que o que ele tá falando é realmente verdadeiro?", disse Bolsonaro.

O presidente ainda fez menções diretas ao ex-presidente Lula, que deve ser candidato em 2022. Bolsonaro criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que confirmou a anulação das condenações do ex-presidente na Lava Jato.

"Vocês acham que alguém ia tirar um bandido da cadeia, torná-lo elegível para não ser presidente? Na fraude? Não tem que raciocinar, é isso. Por que são contra o voto impresso? Qual o problema?"

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E disse que está dando uma chance para que Lula vença no primeiro turno nas próximas eleições:

"Se o Lula segundo o Datafolha tem 49% no primeiro turno e 60% no segundo, geralmente quem frauda é quem está no governo. Estou dando a chance para ele ganhar no primeiro turno com voto impresso. Ele é o primeiro a ser contra."

Em outro ataque ao presidente do TSE, Bolsonaro disse que não sabe o que o ministro “negociou” com os líderes do Congresso para evitar a aprovação da PEC do voto impresso .

"É inadmissível um ministro presidente do TSE, Barroso, ir pra dentro do Congresso não sei o que ele negociou, o que ele falou, porque rapidamente ele cativou grande parte dos líderes, se apaixonaram por ele. Não sei o que ele ofereceu e no dia seguinte trocaram os integrantes da comissão especial que analisa a PEC do voto impresso. Dá pra desconfiar ou não dá?", questionou Bolsonaro aos seus apoiadores.

O presidente ainda pediu para que seus apoiadores pegassem um “papelzinho” para fazer anotações da apresentação que ele disse que fará na próxima quinta-feira.

"Foi criada uma expectativa muito grande para esse momento. Tem momento da apresentação que é mais fácil ganhar três vezes na Mega Sena seguidas do que acontecer aquilo que eu vou mostrar. Vale a pena sentar, pegar um papelzinho, o que está em jogo não é a vida de vocês, todos nós vamos pro beleléu um dia. O que está em jogo é nossa liberdade" afirmou.

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