A CPI da Covid deve convocar, a partir de terça-feira, novos funcionários do governo e empresários envolvidos na suspeitas sobre a compra da vacina indiana Covaxin.
A informação foi passada pelo presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM). "Provavelmente vamos aprovar novos requerimentos, terça ou quarta, porque eles falaram em alguns servidores e deram detalhes que não eram do nosso conhecimento. Eu sempre tenho precaução para fazer as coisas sem politizar. Mas os fatos que eles trouxeram são graves", afirmou Aziz ao UOL.
A maioria dos nomes que serão chamados era desconhecida até o depoimento do deputado Luís Miranda (DEM-DF) e de seu irmão, o servidor Luis Ricardo Miranda, que no último dia 26 afirmaram terem alertado o presidente Jair Bolsonaro sobre as irregularidades.
Um dos nomes que deve ser chamado pela CPI é o deputado Ricardo Barros (PP-PR). Segundo os irmãos Miranda, Bolsonaro quem citou o nome de Barros quando ouviu deles o aviso sobre os problemas no contrato da vacina indiana.
Entre os servidores na mira está Regina Célia Silva Oliveira, fiscal do contrato que a União fechou com a Bharat Biotech, fabricante da Covaxin. Segundo Luis Ricardo, foi Regina Célia quem autorizou um pagamento de US$ 45 milhões para a Madison Biotech, empresa de Cingapura que também está sob investigação dos senadores.