Depois de um dia de paralisação, os metroviários de São Paulo decidiram, em assembleia realizada na noite desta quarta-feira (19), suspender a greve. Com isso, o metrô da capital paulista voltará a funcionar normalmente nesta quinta-feira. A categoria voltará a se reunir na semana que vem para discutir a proposta de reajuste oferecida pelo governo do estado.
A paralisação parcial de três linhas de metrô (1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha) e total da linha de monotrilho 15-Prata causou congestionamentos e aumentou a aglomeração em ônibus e na rede de transportes sobre trilhos que continuou aberta nesta quarta-feira. Segundo o Metrô, 2 milhões de pessoas deixaram de usar o serviço.
Por causa da greve, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrou 161 km de lentidão no pico da manhã, o maior engarrafamento do ano para o período. Às 18h30, a taxa foi ainda pior, 277 km de lentidão, marca próxima do que era registrado antes da pandemia de Covid-19.
Em assembleia virtual encerrada às 22h30, 75,9% dos metroviários se posicionaram a favor de suspender a greve. Além disso, 93,5% aceitaram os termos de uma proposta de conciliação proposta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), durante audiência na tarde desta quarta-feira.
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Segundo o texto, a categoria teria reajuste salarial de 7,79%, também aplicado aos vales alimentação e refeição. Na audiência, os representantes do Metrô disseram que não poderiam aceitar a proposta, mas poderiam melhorar sua oferta. O governo do estado havia oferecido inicialmente um reajuste de 2,6%.
As outras linhas de metrô da cidade, a 4-Amarela e 5-Lilás funcionaram normalmente porque, como são privatizadas, a negociação salarial não é feita com o governo do estado.