O delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), negou o pedido de adiamento da reprodução simulada feito pelos advogados da professora Monique Medeiros da Costa e Silva e do médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade). O casal alegava não ter tido tempo hábil para a preparação de um assistente técnico que os acompanharia na encenação do que ocorreu no apartamento onde moravam com Henry Borel Medeiros, de 4 anos, no último dia 8 de março. Por volta de 3h30, o menino deu entrada morto no Hospital Barra D’Or.
De acordo com a petição, assinada pelo advogado André Barreto França, Monique encontra-se “demasiadamente abalada pela perda do filho” e apresenta um “grave quadro depressivo”, que foi justificado por um atestado médico anexado ao documento. O advogado então solicitou que a reconstituição fosse agendada a partir de 12 de abril.
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Alegando que a reprodução simulada é custosa ao estado e essencial para dar continuidade às investigações que apuram a morte de Henry, o delegado manteve o agendamento para às 14h desta quinta-feira, com a participação de peritos do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e de policiais da 16ª DP. A ideia é simular as circunstâncias e o ambiente do apartamento 201 do bloco I do condomínio Majestic, no Cidade Jardim, naquela madrugada. Um boneco usado em treinamentos do Corpo de Bombeiros, com características semelhantes às de Henry, irá ajudar os investigadores. O menino media 1,15m e pesava 20 quilos.
Até o momento, o delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP, já ouviu 17 testemunhas do caso. Além do casal, já prestaram depoimento o pai, o engenheiro Leniel Borel de Almeida, e a avó de Henry, a professora Rosângela Medeiros da Costa e Silva. Compareceram à delegacia também três médicas do Barra D’Or, três vizinhos, a babá, a empregada doméstica, a professora, a psicóloga, duas ex-namoradas do parlamentar e um cirurgião plástico que operou uma delas.