A defesa do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva entregou nesta segunda-feira (22) novos diálogos ao Supremo Tribunal Federal (STF) onde acusa a Polícia Federal de "forjar e fabricar" depoimentos "no intuito de atender a interesses da Lava Jato ".
Os advogados de Lula argumentam que a Polícia Federal teria lavrado um termo de depoimento para uma testemunha
sem ouvi-la. A conversa, ainda segundo os advogados
, teria acontecido entre o procurador Deltan Dallagnol
e o grupo da força-tarefa da Lava Jato.
Pelas conversas, a envolvida na questão seria a delegada
Erika Mialik Marena, conhecida pela sua atuação na operação LJ após a saída de Sergio Moro
, que se tornou ministro
da Justiça e Segurança Pública.
Deltan teria entendido que o depoimento
solicitado por Erika era uma solicitação da Lava-Jato e que a fala seria lavrada "como se tivesse ouvido o cara". O procurador demonstrou preocupação
, dizendo que ela poderia "sair muito queimada nessa. Pode dar falsidade
contra ela. Isso que me preocupa".
Cristiano Zanin, Maria de Lourdes Lopes, Valeska Teixeira Martins e Eliakin Tatsuo dos Santos alegam que os "membros da força-tarefa
, incluindo o procurador-chefe
, não apenas tiveram conhecimento da conduta ilegal e da sua reiteração em outros casos, como tentaram encontrar meios para escondê-la
".