Hospital São Gonçalo
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Hospital São Gonçalo

O incêndio desta quinta no Hospital e Clínicas São Gonçalo  sucede uma trágica sequência de casos semelhantes em outros hospitais da Região Metropolitana do Rio. No ano passado, 25 pessoas faleceram após o Hospital Badim, na Tijuca pegar fogo, e há dois meses o Hospital Federal de Bonsucesso (HGB) também sofreu um incêndio, o que resultou na morte de 16 pacientes. Em uma década, pelo menos 11 hospitais pegaram fogo no Rio, com o caso de São Gonçalo.

No final de outubro, após o incêndio do HGB, o GLOBO mostrou que 87% das unidades de saúde do município não possuem o Certificado de Aprovação (CA) dos Bombeiros, mesmo um ano após um relatório do Tribunal de Contas do Município (TCM) apontar o problema na cidade. Segundo a prefeitura, "processos administrativos estão abertos". Nesse ano, houve um incêndio no Hospital Lourenço Jorge, sem vítimas, e há dois anos o CER Barra, unidade de emergência junto ao Lourenço Jorge, pegou fogo e houve três vítimas.

Mas, assim como no caso do Hospital e Clínicas São Gonçalo, o Badim, na Tijuca, também é privado. Em setembro de 2019, um incêndio tomou conta do prédio após o gerador pegar fogo, devido a um curto circuito. Ao todo, houve 25 vítimas, sendo 13 no momento do incêndio, que faleceram por complicações da fumaça inalada ou pelo desligamento de aparelhos. As demais faleceram durante as transferências ou nos dias seguintes.

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Em outubro passado, oito pessoas foram indiciadas por homicídio doloso qualificado e pelo crime de incêndio. A investigação da Polícia Civil apontou obras irregulares, sistema de prevenção de incêndio com defeito e um plano de evacuação que não funcionou. Os diretores do Badim e engenheiros responsáveis estão entre os indiciados.

No dia 27 de outubro, uma unidade federal, o Hospital Geral de Bonsucesso foi quem sofreu com um grave incêndio. O fogo começou no subsolo de um dos prédios, dentro do almoxarifado, local que armazenava muitos materiais inflamáveis. A unidade, que também não possuía Certificado dos Bombeiros, já havia sido alvo de um ofício da Defensoria Pública da União, que alertava sobre os riscos estruturais no prédio.

Em decorrência do incêndio, foram registradas 16 vítimas e a Polícia Federal segue investigando o caso. Em novembro, funcionários começaram a prestar depoimentos.

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