RIO - O presidente Jair Bolsonaro comentou pela primeira vez, na tarde deste sábado, a morte do ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) do Rio e miliciano Adriano da Nóbrega . Ele falou sobre o caso na inauguração de uma alça viária que liga a Ponte Rio-Niteroi à Linha Vermelha, na Zona Portuária do Rio.

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Adriano Nóbrega morreu durante um confronto com a polícia no dia 9 de fevereiro
Reprodução / Polícia Civil
Adriano Nóbrega morreu durante um confronto com a polícia no dia 9 de fevereiro

O miliciano, já condecorado por um dos filhos do presidente, o então deputado estadual Flávio Bolsonaro, atualmente senador, morreu durante uma operação do Bope da Bahia no último domingo. A mãe de Adriano, Raiumunda Veras Magalhães, e a ex-mulher dele, Danielle Mendonça, já trabalharam no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio.

- Quem é reponsável pela morte do capitão Adriano? A PM da Bahia, do PT . Precisa falar mais alguma coisa? - disse o presidente ele, ao ser perguntado se estava acompanhando as investigações do caso.

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Indagado em seguida se atribuía a morte a uma questão política, Bolsonaro se esquivou e voltou a dizer que quem matou Adriano foi a Polícia Militar da Bahia. Em seguida, ele comentou as condecorações já feitas por seu filho ao miliciano, chamado por ele de "herói".

- Ele foi condenado em primeira instância e absolvida em segunda - disse Bolsonaro se referindo a um processo no qual Adriano foi acusado de matar um guardador de carros. - Não tem nenhuma sentença transitada em julgado condenando o capitão Adriano por nada. Sem querer defendê-lo. Desconheço a vida pregressa dele. Naquele ano (2005), era herói da Polícia Militar. Como é muito comum um PM, quando está em operacão, mata vagabundo, traficante - disse Bolsonaro.

O presidente foi questionado sobre a ligação de Adriano com a milícia no Rio e disse desconhecer o grupo paramilitar.

- Eu não conheço a milícia no Rio de Janeiro. Desconheço. Não existe nenhuma ligação minha com a milícia do Rio de Janeiro - disse.

Bolsonaro acrescentou ainda que foi ele próprio quem pediu para Flávio condecorar Adriano:

- Para que não haja dúvida. Eu determinei. Meu filho condecorou centenas de policiais militares. Vocês querem me associar alguém por uma fotografia, uma moção há 15 anos atrás. As pessoas mudam , para o bem ou para o mal mudam. Nao estou fazendo juizo de valor. Vamos esperar as investigações. Se bem que se for o padrão do porteiro da minha casa.. - acrescentou, criticando as investigações da morte da vereadora Marielle Franco.

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