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Bruno Covas já mira a reeleição
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Bruno Covas já mira a reeleição


Os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo estão colocando o bloco na rua, de forma muito antecipada, faltando um ano para a eleição. O prefeito Bruno Covas (PSDB) quer ser candidato à reeleição e chegou a convidar o deputado Celso Russomanno (Republicanos) para ser seu vice. Covas, contudo, não goza do respaldo de boa parte do PSDB.

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Muitos tucanos acreditam que Joice Hasselmann, no meio do tiroteiro do PSL, pode ir para o DEM de Rodrigo Maia, que, em São Paulo, apoia o governador João Doria, e com isso se cacifar. Afinal, as mulheres estão em alta na política. O problema é que Doria tem dito que seu candidato é Covas . Muita água ainda vai rolar debaixo dessa ponte.

Eis a "nova" política

Que o deputado Luciano Bivar, presidente nacional do PSL, não é santo, todos sabiam. Bolsonaro também. Tanto que, na campanha do ano passado, fez um acordo com ele: o advogado Gustavo Bebianno assumiria a presidência do partido para ele se eleger presidente e, ao final da eleição, a legenda lhe seria devolvida, o que foi feito. O problema é que Bolsonaro não contava que a sigla elegeria uma grande bancada e obteria recursos milionários para serem gastos na campanha de 2022, quando tentará a reeleição. Percebeu ter cometido um erro ao devolver o PSL a Bivar e agora quer lhe tomar o partido custe o que custar. Nesse sentido, jogou sujo, segundo pesselistas. Para controlar a legenda, colocou o filho Eduardo na liderança do PSL na Câmara, tratorando o Delegado Waldir.

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Cargos

Waldir foi afastado depois que o presidente — por meio do deputado Major Vitor Hugo e do general Ramos (Secretaria de Governo) — teria oferecido cargos no governo e dinheiro de emendas aos deputados que bancaram a posse de seu rebento no lugar do desafeto. Segundo Waldir, houve intenso toma lá dá cá.

O velho MDB

O presidente faz pior. Está “queimando” todos os amigos do PSL. O primeiro foi Bebianno. Depois, o Major Olímpio, a quem seu filho Carluxo chamou de “canalha”, e, na sequência, trocou Joice Hasselmann pelo senador Eduardo Gomes (MDB-TO), reconduzindo ao governo o partido que derrubou Collor e Dilma, e meteu Lula no mensalão e petrolão.

A mulher de Cunha trabalhará na favela?

O TRF-4 decidiu que a jornalista Cláudia Cunha, mulher do ex-deputado Eduardo Cunha, preso por corrupção na Lava Jato, poderá cumprir a pena de 2 anos e 6 meses a que foi condenada prestando serviços comunitários. A Justiça ainda não definiu qual será sua função, mas é bom lembrar que o Rio de Janeiro, onde mora, tem grande número de servidores nas favelas da cidade. Ela havia sido absolvida por Moro.

Retrato falado

“Sem arte, um país não tem caráter”

Uma das maiores atrizes brasileiras, Fernanda Montenegro fez um discurso de arrepiar na última sexta-feira 18, no Theatro Municipal de São Paulo, durante a abertura da Mostra Internacional de Cinema. Depois de ouvir um emocionante “Parabéns a Você” pelos seus 90 anos recém-completados, Fernanda fez um desabafo: o atual governo quer destruir a cultura, mas os artistas não podem permitir. Ela é protagonista do filme “A vida invisível”, que representará o Brasil no Oscar.

A crise viajou

Depois de criar uma crise sem precedentes no PSL, o único partido que o apoiava no Congresso, o presidente Jair Bolsonaro decidiu viajar para a Ásia e Oriente Médio, permanecendo duas semanas fora do País. Embarcou no sábado 19 para o Japão e só volta ao Brasil no próximo dia 31, depois de passar também pela China, Emirados Árabes, Catar e Arábia Saudita. Espera-se que pelo menos agora a crise no PSL arrefeça e o país viva momentos de maior tranquilidade, sobretudo no Congresso, onde o presidente sempre contribui para açodar o clima de tensão. Suas decisões normalmente desagradam os parlamentares e dificultam a apreciação das reformas.

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Com ditadores

No Japão, foi à entronização do imperador Naruhito e na China reuniu-se com o presidente Xi Jinping. Mas, na segunda-feira 28, na Arábia Saudita, terá uma agenda polêmica: um encontro com o príncipe Mohammed bin Salman, responsável pelo esquartejamento do jornalista Jamal Kashoggi, no final de 2018.

O “carteiro reaça” é acusado de “rachadinha”

Mais um integrante do PSL é acusado de praticar a “rachadinha” (embolsar parte do salário dos servidores). Desta vez, o MP paulista investiga o deputado Gil Diniz, líder do PSL na Assembleia de São Paulo. Ele está sendo acusado com base em depoimento de Alexandre Junqueira, ex-servidor do seu gabinete.

Entrevista com Major Olímpio, senador (PSL-SP)

Pedro França/Agência Senado - 17.10.19
"Defendo que saia já", diz Major Olimpio sobre destituição de Eduardo Bolsonaro de diretório



Eduardo Bolsonaro na liderança do PSL na Câmara pacifica a bancada?

Não. Ele foi uma liderança imposta porque é o filho do presidente. Isso é muito ruim. Infelizmente colocaram até o próprio presidente em uma enrascada, de sair pedindo votos para o filho. Se fizerem uma votação secreta, ele perde para qualquer um. Não unifica.

Ele optou pela liderança porque o Senado não o aprovaria como embaixador?
Sim, já tinha ficado totalmente inviável. Graças a Deus recuaram para não desgastar o presidente com algo que só tinha significado pessoal e familiar.

A família Bolsonaro passa a controlar o PSL?
De forma nenhuma. O PSL já fez sua convenção e sua base de sustentação está garantida. Não se ganha a direção de um partido com lives e redes sociais, mas seguindo a legislação e o estatuto do partido.

Rápidas

• Em tempos de Bolsonaro, Bíblias são vendidas como água. A Sociedade Bíblica do Brasil, com gráfica em Barueri (SP), comemora a venda da Bíblia de número 170 milhões (desde 1995). Produz 23 mil Bíblias por dia. “Deus acima de tudo” é o slogan do atual presidente.

• Encerrada a Reforma da Previdência, Paulo Guedes quer enviar ao Congresso a proposta de pacto federativo, com 3 PECs. A Reforma Tributária ficaria para 2020. Falta combinar com o Legislativo, onde já tramitam 2 propostas sobre impostos.

• O governo quer cortar tarifas de importação para elevar a competitividade da indústria. Entidades espernearam, reclamando da falta de debate. Segundo a CNI, haverá queda no PIB em vários setores.

• O TRF4 marcou para a próxima quarta-feira 30 o julgamento que pode anular o processo do Sítio de Atibaia. Lula aguarda ansioso a decisão, que pode remeter o caso de volta à 1ª instância, seguindo o novo entendimento do STF.

Com Marcos Strecker

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