A densa fumaça que atinge o entorno de Porto Velho (RO), proveniente de queimadas, tem sufocado moradores da região e atrapalhado até o tráfego aéreo. Na última sexta-feira (16), o voo n° 3594 da Latam, proveniente de Brasilia (DF), deveria ter pousado na capital rondoniense, mas teve que ser desviado para Manaus (AM).
LEIA MAIS: Cartaz com imagem da Virgem de Nazaré fica intacto após incêndio em Belém
Um dos principais motivos que têm causado tanta fumaça em Rondônia é o incêndio de grandes proporções na Reserva Ambiental Margarida Alves, assentamento ligado ao MST e que fica na cidade de Nova União, a 370 quilômetros de Porto Velho (RO).
Estima-se que cerca de mil hectares tenham sido desvastados, ultrapassando os limites da reserva, colocando em risco a saúde dos que moram na região e a sobrevivência dos animais.
Há notícia de que os incêndios podem ter sido causados por assentados que sofrem ameaças de grupos interessados em extrair madeira ilegalmente na região. Eles também são contrários à decisão judicial, de maio último, que determina a reitegração de posse de parte da área ocupada pelo Assentamento Margarida Alves em favor do Incra ( Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
LEIA MAIS: Mulher sofre parada cardíaca ao inalar fumaça de protesto e está em estado grave
Outras queimadas também foram registradas na reserva de Guajará-Mirim. Conforme o Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia), a fumaça deverá se dissipar apenas no caso de ocorrerem pancadas de chuva de região, o que não está previsto para os próximos dias. Também existe o alerta de que a umidade relativa do ar em Porto Velho (RO) e imediações está em apenas 15% em média, o que favorece ainda mais a propagação do fogo e da fumaça em Rondônia .