O deputado Zeca Dirceu, líder do PT na Câmara, classificou como "gravíssima" a denúncia de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) utilizou, durante o governo Bolsonaro, um sistema secreto de espionagem para rastrear celulares privados.
"A denúncia é gravíssima, vou me empenhar muito para que o Ministério Público Federal (MPF), a Controladoria Geral da União (CGU) e AGU façam a investigações rápidas, apresentem denúncias e os envolvidos sejam punidos. Isto é muito grave, é um atentado contra a liberdade individual, uma prática comum na Ditadura Militar", afirmou o filho de José Dirceu em entrevista ao Globo.
Zeca complementa afirmando que esse e mais um indício de como o ex-presidente do país usava a "máquina pública" para o seu interesse "autocrático".
O líder do partido do presidente Lula na Câmara deve participar de uma reunião na tarde desta terça-feira ao lado de outros representantes da bancada governista. O intuito do encontro é analisar a possibilidade de protocolar um pedido de abertura de CPI na Casa sobre o assunto.
Rui Costa cobra investigação
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, cobrou uma investigação no caso de espionagens feitas pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para localizar pessoas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo Costa, a Controladoria-Geral da União (CGU) deve apurar os motivos das espionagens e ressaltou haver indícios de crime na utilização do sistema.
“Se algo foi feito no passado, no outro governo, que não tem conformidade com a lei, isso será levado a quem é responsável, à CGU, aos órgãos de Justiça, para que as providências cabíveis, a responsabilização devida, seja feita”, disse aos jornalistas.
“Esse episódio da Abin será encaminhado para os órgãos competentes e o que vai ser feito agora são as mudanças de pessoas, de métodos e de práticas para estarem alinhados com a legislação em vigor”, completou.
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