Jair Bolsonaro e o coronel Cid
Reprodução: facebook - 26/09/2022
Jair Bolsonaro e o coronel Cid

O novo comandante do Exército, General Tomás Paiva, exonerou o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, do primeiro pelotão das Forças Armadas. Cid comandava o 1º Batalhão de Ações e Comandos, especializada em operações especiais, em Goiânia (GO).

A decisão foi tomada após uma pressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para reduzir militares ligados à política e a Bolsonaro na tomada de decisões. O governo tenta evitar interferências nas investigações de agentes públicos  nos atos terroristas na Praça dos Três Poderes no último dia 8 de janeiro.

Cid deixaria o cargo em maio, mas o Exército optou pela antecipação da saída dele. Além do ex-ajudante de ordens, o comandante do Batalhão da Guarda Presidencial, tenente-coronel Jorge Paulo Fernandes da Hora, também deixará o cargo nesta semana. Hora é um dos investigados pela omissão nos ataques bolsonaristas.

A demissão de Mauro Cid acontece três dias após o general Tomás Paiva tomar posse no comando do Exército. Paiva substitui o general Júlio César de Arruda, que mostrou resistência em demitir o homem de confiança de Bolsonaro.

Nos últimos dias, Tomás Paiva tem defendido que o Exército está pacificado. Ele ainda garantiu que haverá rigor nas investigações de possível omissões de membros da corporação nos ataques aos Três Poderes.

Troca no Exército

Júlio César de Arruda foi demitido no último sábado (21) após uma reunião com o presidente Lula no Palácio do Planalto. Ele era resistente a trocas no Exército para afastar membros apoiadores de Jair Bolsonaro nas decisões da corporação. 

Ele foi nomeado interinamente no comando do Exército em 30 de dezembro do ano passado, ainda no governo Jair Bolsonaro. A indicação foi confirmado pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, no dia 6 de janeiro, dois dias antes dos ataques. 

Para seu lugar, Múcio nomeou o general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, que chefiava o Comando Militar do Sudeste. Assumiu a patente mais alta do Exército em 2019, quando passou a integrar o Alto Comando.

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