Carlos estaria ligado a uma rede de desinformação usada em favorecimento do presidente Jair Bolsonaro (PL)
Reprodução/redes sociais
Carlos estaria ligado a uma rede de desinformação usada em favorecimento do presidente Jair Bolsonaro (PL)

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou nesta quinta-feira (20) a abertura de investigação sobre rede de desinformação usada em favorecimento do presidente Jair Bolsonaro (PL), ligada a seu filho Carlos Bolsonaro (Republicanos). O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, determinou que Carlos explique o uso político de seus perfis nas redes sociais em três dias. A abertura da investigação aconteceu a partir de um pedido da coligação do ex-presidente Lula (PT), que denunciava o uso indevido dos meios de comunicação e abuso de poder político com o objetivo de influenciar o processo eleitoral.

A medida determinou a desmonetização de canais suspeitos de propagação de conteúdos inverídicos, como "Brasil Paralelo", "Foco Brasil", "Folha Política" e "Dr. News" até 31 de outubro, um dia após o segundo turno das eleições. Os ministros também concordaram em suspender impulsionamentos pagos realizados pelos donos desses canais. Outra medida imposta pela decisão foi a interrupção da exibição, também até 31 de outubro, do documentário "Quem mandou matar Jair Bolsonaro?", que fala sobre o episódio ocorrido em 2018 contra o presidente.

A ministra Cármen Lúcia afirmou que esta é uma situação "excepcionalíssima", uma vez que as veiculações suspendidas temporariamente têm caráter de "ílicito eleitoral". Os ministros Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski partilham da mesma opinião.

O ministros Raul Araújo e Sérgio Banhos, por sua vez, se colocaram contra a suspensão da exibição do documentário. Sobre essa questão, Banhos disse que "não se admite, no estado democrático de direito, o exercício de censura".

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