Decisão foi tomada no âmbito do processo da Operação Zelotes que apura suposto tráfico de influência de Lula
Fernando Frazão/Agência Brasil - 6.6.16
Decisão foi tomada no âmbito do processo da Operação Zelotes que apura suposto tráfico de influência de Lula

O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, determinou nesta quinta-feira (25) a apreensão do passaporte do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o proibiu de deixar o País. A decisão judicial está sob sigilo, no entanto, a Polícia Federal confirmou que já recebeu a ordem de apreensão do documento.

A determinação não tem relação direta com a  condenação de Lula  pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) e foi tomada no âmbito do processo da Operação Zelotes que apura suposto tráfico de influência de Lula na compra, pela Força Aérea Brasília (FAB), de caças suecos.

A medida foi solicitada pelo Ministério Público Federal (MPF) em virtude de uma viagem que o ex-presidente faria na sexta-feira (26) à Etiópia para participar de um evento da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). 

Em 2016, o petista se tornou réu em um inquérito no qual o Ministério Público Federal (MPF) acusa o ex-presidente e seu filho de crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa, sob a acusação de integrarem um esquema que vendia a promessa de interferências no governo federal para beneficiar empresas.

Operação Zelotes

Segundo a denúncia do MPF, as investigações constataram que o ex-presidente, seu filho  Luís Cláudio  e os consultores Mauro Marcondes e Cristina Mautoni atuaram em negociações irregulares no contrato de compra dos caças suecos Gripen e também em uma medida provisória para prorrogar os incentivos fiscais para montadoras de automóveis. De acordo com o MPF, Luís Cláudio teria recebido R$ 2,5 milhões da empresa dos consultores.

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A Justiça Federal apura a suspeita de que o petista e seu filho Luís Cláudio “integraram um esquema que vendia a promessa” de interferências no governo federal para beneficiar empresas.

Na época da denúncia, a defesa do  ex-presidente  rebateu as acusações, afirmado que os réus não participaram ou tiveram conhecimento dos atos de compra dos caças suecos e que acusá-los de ter interferido no processo significa “atacar e colocar em xeque as Forças Armadas e todas as autoridades que acolheram o parecer emitido por seus membros”.

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Além do ex-presidente Lula e seu filho, são réus neste processo os consultores Mauro Marcondes Machado e Cristina Mautoni, donos da Marcondes e Mautoni Empreendimentos, empresa que representava os interesses do Grupo Caoa (distribuidor brasileiro das marcas Subaru e Hyundai) e da MMC Automotores (Mitsubishi do Brasil).

* Com informações da Agência Brasil

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