Um ex-funcionário da Prefeitura de Lonigo, no norte da Itália, foi denunciado pela Guarda de Finanças por ajudar cinco brasileiros a obter cidadania italiana por direito de sangue de maneira ilegal.
O ex-servidor, que não teve o nome divulgado, teria acelerado os procedimentos dos requerentes e falsificado atestados emitidos pelos guardas municipais de que os brasileiros não residiam de fato no município, que tem 16 mil habitantes e fica na região do Vêneto.
De acordo com o site Eco Vicentino, as supostas irregularidades ocorreram entre 2018 e 2019, e os endereços apresentados como local de moradia pelos brasileiros em Lonigo estavam vazios ou com outros moradores. Se o ex-funcionário for condenado, ele pode pegar até seis anos de cadeia.
Ao longo dos últimos anos, a polícia e o Ministério Público desmantelaram diversas quadrilhas que praticavam corrupção e fraudes nos processos de reconhecimento de cidadania italiana jus sanguinis, especialmente envolvendo brasileiros.
O problema mais frequente é justamente a questão da residência. Para obter o reconhecimento na Itália, é preciso comprovar moradia no país, o que exige a permanência por um período relativamente incerto, mas que pode durar por volta de três meses.
No entanto, alguns intermediadores vendem a ideia de que tal etapa pode ser concluída rapidamente ou sem a necessidade da presença permanente do candidato em solo italiano, o que vai de encontro à lei.
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