Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal
Fernando Frazão/Agência Brasil
Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal

Nesta sexta-feira (13), que marca o 5º dia da crise de segurança pública que assola o Equador, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que ofereceu ajuda ao governo equatoriano no enfrentamento das quadrilhas ligadas ao narcotráfico no país.

Em entrevista à TV Globo, Andrei afirmou que foi ofertado aos equatorianos treinamento em investigações e ferramentas tecnológicas que realizam o rastreio e a apreensão de bens e recursos financeiros dos criminosos, com o objetivo de descapitalizá-los e, assim, dificultar a sua atuação.

O Brasil também ofereceu aparatos para identificação de presidiários, com uso de recursos de biometria, já que um dos focos da crise no Equador está nos presídios.

Se o Equador aceitar o auxílio, agentes da Polícia Federal brasileira podem ser enviados àquele país. Entretanto, eles apenas treinariam os policiais equatorianos, ou seja, não se envolveriam diretamente no conflito.

Rodrigues participou de uma reunião virtual que discutiu a crise no Equador ao lado de países membros da Ameripol, uma organização fundada em 2023 para estruturar a cooperação entre polícias de países da América.

Além de Brasil e Equador, participaram da reunião outros 14 países, entre eles Colômbia e Peru, que fazem fronteira com o Equador.

Segundo Rodrigues, os outros países membros também ofereceram auxílio ao governo equatoriano. Ele informou que as propostas serão reunidas num documento único da Ameripol, que será encaminhado amanhã às autoridades do Equador.

"A Polícia Federal do Brasil encaminhará, ainda hoje, as propostas de apoio pra que a gente encaminhe então à polícia do Equador, ao país, e eles então identifiquem as principais demandas", disse.

De acordo com o diretor-geral, a previsão é de que na próxima semana a PF já apresente "condições concretas de apoiar" o Equador.

"Tudo aquilo o que nós pudermos atuar sem interferir, obviamente – porque não é papel da Polícia Federal atuar como polícia judiciária em outro país, mas em apoio à polícia nacional do Equador - nós faremos", completou.

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