A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em encontro com Lula no Palácio do Planalto em junho
Agência Brasil
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em encontro com Lula no Palácio do Planalto em junho

O Mercosul e a União Europeia estão perto de resolver um dos impasses que travam a aprovação definitiva de um acordo de livre comércio entre os dois blocos, que é negociado há mais de 20 anos.

Xiana Méndez, secretária de Comércio da Espanha, país que ocupa a presidência rotativa da UE neste semestre, disse nesta segunda-feira (27) que as duas partes "nunca estiveram tão próximas de concluir as negociações sobre os documentos adicionais em matéria de sustentabilidade, que podem favorecer a assinatura do acordo".

Capitaneado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Mercosul exige mudanças em um documento proposto pela UE no início do ano com sanções em caso de descumprimento de metas ambientais.

Em diversas ocasiões, o líder brasileiro afirmou que essa carta adicional era "inaceitável" e representava uma "ameaça" ao bloco sul-americano.

Segundo Méndez, que participou de uma reunião da UE em Bruxelas, a cúpula de líderes do Mercosul em Brasília, em 7 de dezembro, é uma "janela de oportunidades" para acelerar as negociações.

Já o vice-presidente da Comissão Europeia, poder Executivo da UE, Valdis Dombrovskis, disse que o bloco continua "trabalhando intensamente" por um acordo.

As tratativas ganharam um novo sentido de urgência após a vitória do ultraliberal Javier Milei , crítico do Mercosul, nas eleições para presidente da Argentina.

No entanto, no último domingo (26), a futura chanceler de Milei, Diana Mondino, se reuniu com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira , e defendeu a "importância de assinar" o acordo UE-Mercosul "o quanto antes".

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