O chanceler de Israel, Eli Cohen, fez críticas ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, durante a coletiva de imprensa na sede da ONU, em Genebra, nesta terça-feira (14). A instituição vem fazendo denúncias à ofensiva israelense no território da Faixa de Gaza, principalmente os ataques promovidos contra hospitais.
Segundo chanceler, o questionamento está em entender o "motivo de um hospital tem túneis 20 metros abaixo do chão?". Para Cohen, "são bases do terrorismo. O Hamas usa hospitais e pessoas como escudos" , ressaltando que Israel está atuando "dentro do direito internacional".
O chanceler ainda ressaltou que Israel vai "continuar com a guerra até eliminar Hamas e retirar reféns". Ele ainda informou que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha não conseguiu ter acesso aos israelenses levados pelo grupo extremista Hamas.
"Aquele foi o pior dia do povo israelense desde o Holocausto. Estamos lutando pelo estado de Israel. Mas também por dignidade. Se não vencermos, vocês serão os próximos", disse o ministro.
A relação entre Israel e o secretário-geral da ONU está norteado por polêmicas. Há duas semanas, Cohen fez um pedido público para que Guterres deixasse o cargo. A fala do israelense motivou líderes de diversos países — incluindo o Brasil — de sair em defesa do secretário-geral português.
Na coletiva desta terça-feira, Cohen voltou a atacar o português. "Guterres não merece ser chefe da ONU. Guterres não promove processo de paz na região", afirmou. Segundo o chanceler, o secretário-geral da ONU está "sentado ao lado do Irã", emendando críticas ao país. "Os iranianos fazem parte da ONU e pedem a destruição de outro de seus membros. O Irã não poderia fazer parte. É antissemitismo. É contra o estado de Israel".
Para o Eli Cohen, o secretário-geral "sabe" que Israel não escolheu a essa guerra. "Ele deve dizer claramente: liberte Gaza do Hamas. Por qual motivo ele não diz?".