Marcha contra antissemitismo na França
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Marcha contra antissemitismo na França


No domingo (12), cerca de 182 mil pessoas em toda a França protestaram contra o antissemitismo, que vem ganhando força no país desde o início da guerra travada por Israel ontra a Faixa de Gaza, controlada pelo grupo extremista Hamas, em 7 de outubro. Os atos foram convocados por líderes do parlamento.


O conflito já matou mais de 12 mil mortes (11.261 palestinos e 1.200 israelenses), grande parte, crianças. Também há milhares de feridos, refugiados e desabrigados cujas casas foram destruídas.

A Faixa de Gaza sofre um cerco, com ataques por terra, céu e mar. A entrada de ajuda humanitária é controlada e difícil, assim como a saída de civis (inclusive de estrangeiros).

A França tem a maior população judaica da Europa, totalizando cerca de 500 mil pessoas. As tensões têm aumentado em Paris desde o início da guerra, pois a cidade abriga grandes comunidades judaicas e muçulmanas. 

A polícia disse que 105 mil pessoas aderiram à marcha em Paris. O ato foi realizado em todo o país, incluindo nas principais cidades Lyon, Nice e Estrasburgo.


No sábado (11), o ministro do Interior, Gérald Darmanin, declarou que desde o início do conflito no Oriente Médio foram registrados 1.247 atos de antissemitismo no país. Ou seja, mais que o triplo do que foi registrado em todo o ano de 2022, mas em apenas um mês.

A primeira-ministra Elisabeth Borne; e os ex-presidentes Nicolas Sarkozy e François Holland, do partido do presidente Emmanuel Macron, participaram na marcha de domingo na capital francesa. 

O próprio Macron, contudo, não compareceu. Ele expressou apoio aos protestos, apelando aos cidadãos que se levantem contra “o insuportável ressurgimento do anti-semitismo desenfreado”.


Jean-Luc Mélenchon, líder do partido de esquerda “França Insubmissa”, também não compareceu e limitou-se a dizer que  a marcha seria uma reunião de amigos para “apoio incondicional ao massacre” em Gaza.

Mélechon também criticou a presença de Marine Le Pen, que integra um partido fundado pelo seu pai, condenado por negar o Holocausto.

Atos pró-palestina 

Outras cidades europeias registraram manifestações pró-Palestina, com pedidos pelo fim dos bombardeios de Israel contra Faixa de Gaza. Em Colônia, na Alemanha, manifestantes se reuniram na praça que fica entre a Catedral e a estação ferroviária, carregando bandeiras palestinas e faixas com mensagens críticas a Israel. Estocolmo, Barcelona, Atenas e Istambul também tiveram manifestações.

Na Austrália, país localizado na Oceania, cerca de 45 mil manifestantes foram às ruas de Melbourne para condenar os bombardeios a hospitais na Faixa de Gaza, pedindo um cessar-fogo urgente e imediatamente.

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