Pelo menos 99 pessoas morreram nos incêndios florestais que atingiram o Havaí, nos Estados Unidos, segundo um comunicado oficial divulgado nesta segunda-feira (14).
"O número vai subir significativamente. Pode chegar a dobrar nos próximos 10 dias", disse o governador do estado, Josh Green, à CNN .
Socorristas seguem vasculhando as áreas incineradas, com o apoio de cães farejadores, em busca de vítimas.
Segundo o governador, as equipes têm encontrado entre 10 e 20 corpos a cada dia, e uma grande área de buscas ainda está inexplorada.
O número de desaparecidos segue em torno de 1,3 mil, mas as autoridades ressaltaram que problemas na comunicação estão dificultando o contato de quem fugiu da área atingida.
"Nossos corações se partirão irreparavelmente se isso significar que tantos morreram. Nenhum de nós acredita nisso, mas estamos preparados para muitas histórias trágicas", disse Josh Green à CBS .
A cidade de Lahaina, principal área atingida, que já foi a capital havaiana no início do século XIX, tinha cerca de 12 mil habitantes e era uma área turística, cheia de ruas de comércio e restaurantes.
"Agora não há nada para ver além da devastação total", disse Green, após uma série de visitas aos escombros.
A intensidade do fogo e a escala da destruição têm dificultado a identificação dos corpos encontrados, e a polícia local pediu que pessoas com familiares desaparecidos forneçam amostras de DNA para tentar acelerar o processo.
"É um incêndio incrivelmente devastador, e as condições são extraordinariamente difíceis de se trabalhar", disse o gerente da Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema) dos EUA, Jeremy Greenberg, em uma coletiva de imprensa.
O incêndio florestal já é considerado o mais mortal do país desde 1918, quando 453 pessoas morreram nos estados de Minnesota e Wisconsin.