A prefeitura de Marselha, no sul da França, proibiu os protestos planejados para esta sexta-feira (30) em resposta à morte de um jovem de 17 anos provocada por um policial de trânsito.
As autoridades determinaram a interrupção do serviço de transporte público às 19h e recomendaram aos restaurantes que fechassem suas áreas de refeições ao ar livre mais cedo.
Várias cidades francesas registraram atos de violência, como Marselha, Lyon, Pau, Toulouse e Lille, além de alguns bairros de Paris. Os movimntos começaram após a morte de Nahel M., um jovem de 17 anos de ascendência argelina e marroquina, durante uma abordagem policial.
A França prometeu analisar todas as opções para restaurar a ordem depois que manifestantes atearam fogo em prédios, carros e saquearam lojas . Mais de 200 policiais ficaram feridos e 875 pessoas foram presas durante a noite, com confrontos entre manifestantes e agentes em várias cidades francesas.
Funcionários da Enedis, empresa de energia, também foram feridos por pedras durante os confrontos, segundo a ministra da Energia, Agnes Pannier-Runacher.
Durante a noite, 79 postos policiais e 119 prédios públicos foram atacados, incluindo 34 prefeituras e 28 escolas, de acordo com o ministro do Interior, Gerald Darmanin.
Para lidar com a violência, Gerald anunciou o aumentou em quatro vezes do número de policiais nacionais na noite de quinta-feira, chegando a 40 mil.
A primeira-ministra, Elisabeth Borne, afirmou que o governo consideraria todas as opções para restabelecer a ordem, chamando a violência de "intolerável e indesculpável" em um tweet.
Em uma reunião de crise, o presidente Emmanuel Macron anunciou que solicitará às plataformas de mídia social a remoção das imagens mais sensíveis dos tumultos e a divulgação das identidades dos usuários que incitam a violência.