Nesta quinta-feira (13), o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump voltou a ser interrogado pela Justiça em um caso de fraude em sua empresa Organização Trump, uma semana após ser indiciado em outro processo criminal.
Neste caso, a procuradora-geral do estado de Nova York , Letitia James, instaurou um processo contra Trump e três de seus filhos, dos quais reclama US$ 250 milhões de dólares (em torno de R$ 1,22 bilhão) por supostas fraudes fiscais e financeiras na avaliação dos ativos do grupo.
Trump chegou em uma carreata e foi direto para um estacionamento do escritório da procuradora-geral, em Wall Street, às 9h41 (10h41 no horário de Brasília).
Ainda não se sabe quanto tempo o depoimento vai levar ou se Trump vai chegar a responder a alguma pergunta. Segundo a advogada dele, Alina Habba, porém, o ex-mandatário teria algo a dizer.
"O presidente Trump não está apenas disposto, mas também ansioso para testemunhar perante o procurador-geral hoje", disse Habba. "Ele continua firme em sua posição de que não tem nada a esconder e espera informar a procuradora-geral sobre o imenso sucesso de sua empresa multibilionária."
O julgamento do caso está previsto para 2 de outubro. A procuradora-geral acusa o ex-presidente e seus três filhos de terem manipulado "deliberadamente" os ativos do grupo — que incluem clubes de golfe, hotéis de luxo e outras propriedades — para conseguirem empréstimos bancários mais vantajosos ou reduzirem impostos.
Trump, por outro lado, afirmou que o caso é "ridículo", "igual ao resto dos casos de interferência eleitoral dos quais sou objeto".
Apesar da fala da defesa do ex-mandatário, Trump pode repetir o que fez no último julgamento e não responder a nenhuma pergunta.
No caso em que ele foi indiciado na semana passada, ele foi acusado 34 crimes por suposta fraude contábil e fiscal para ocultar um pagamento a uma atriz pornô para 'comprar' seu silêncio, na reta final das eleições de 2016. O objetivo era evitar que viesse a público um suposto relacionamento extraconjugal entre eles, dez anos antes — o que Trump sempre negou.
— Com informações de New York Times, Bloomberg e AFP
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