A polícia iraniana informou, neste sábado (8), que iniciou a instalação de câmeras em locais públicos para identificar e penalizar mulheres sem véu. A medida visa controlar o número crescente de iranianas que deixam de usar a vestimenta.
O comunicado informa que as mulheres que forem pegas sem o hijab, que é de uso obrigatório de acordo com as tradições do país, receberão uma mensagem de texto com uma advertência sobre a transgressão.
A Polícia ressaltou que a medida tem o objetivo de "prevenir a resistência contra a lei do hijab", atitude que, segundo o regime iraniano, mancha a imagem do país e espalha insegurança.
A corporação pede também para que gerentes e comverciantes de estabelecimentos de todo o país monitorem "seriamente" com inspeções diligentes o cummprimento das "normas da sociedade".
O número de mulheres que deixaram de utilizar o véu islâmico cresceu diante das manifestações que eclodiram no país após a morte de Mahsa Amini, em setembro do ano passado. Ela estava sob custódia da polícia do Irã por não usar tal vestimenta.
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A morte da jovem de 22 anos gerou a maior onda de protestos no Irã desde 2019. As manifestações, fortemente reprimidas, têm sido lideradas por mulheres e estudantes. Os protestos causaram a morte de centenas de manifestantes e dezenas de policiais.
Além disso, o regime iraniano condenou 20 manifestantes à pena de morte, sendo que ao menos quatro deles foram executados pelas autoridades iranianas.
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