O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou na noite da última sexta-feira (28) que enviará tropas para países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no leste europeu.
A medida chega em meio à escalada da tensão com a Rússia, que deslocou forças militares para a fronteira com a Ucrânia, levantando temores sobre uma possível invasão ao país vizinho.
"Mandarei tropas para o leste da Europa, nos países da Otan, em curto prazo, mas não muitas", disse Biden ao voltar de uma visita à Pensilvânia. O Pentágono já colocou 8,5 mil militares em estado de alerta para um possível deslocamento para o leste europeu.
Quatro Estados-membros da Otan fazem fronteira terrestre com a Ucrânia: Romênia, Hungria, Eslováquia e Polônia. Além disso, Bulgária e Turquia são banhadas pelo Mar Negro, assim como o litoral ucraniano.
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Um dia antes do anúncio do envio das tropas, Biden havia conversado por telefone com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e alertado que a Rússia pode iniciar uma invasão em fevereiro.
Moscou nega as suspeitas de um iminente ataque ao país vizinho, mas já deixou claro que não permitirá a adesão de Kiev à Otan, aliança militar ocidental criada para combater a extinta União Soviética.
A Rússia já anexou a península ucraniana da Crimeia em 2014, o que culminou em sanções econômicas dos EUA e da União Europeia contra o país, e também é acusada de financiar os rebeldes pró-Moscou que controlam as autoproclamadas repúblicas de Lugansk e Donetsk, na região de Donbass.