Na última terça-feira (20), a polícia dispersou uma manifestação a tiros na cidade de Lagos, na Nigéria. Os protestos, que exigem o fim da violência policial, acontecem desde o início de outubro. Pelo menos 18 pessoas já morreram até o momento, incluindo dois policiais.
Havia cerca de mil manifestantes quando a dispersão ocorreu, por volta das 19h — horário do toque de recolher.
O chefe de governo de Lagos, Babajide Sanwo-Olu, afirmou que trinta pessoas ficaram feridas e uma morreu por traumatismo craniano após se machucar durante a dispersão.
A ONG Anistia Internacional estima que no mínimo 10 pessoas morreram.
Os nigerianos pedem sobretudo o fim do Sars (Special Anti-Robbery Squad ou Esquadrão Especial Antirroubo), unidade policial acusada de crimes como corrupção, tortura, sequestro e execuções.
No Twitter, Babajide Sanwo-Olu disse que irá apurar o ocorrido.
Nesta quarta-feira (21), o presidente do país, Muhammadu Buhari, pediu por "entendimento e calma" e não mencionou os episódios de violência da noite anterior. Ele também disse que irá realizar reformas nas forças policiais.