Unicamp lidera a lista das melhores universidades brasileiras, de acordo com ranking publicado pelo MEC
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Unicamp lidera a lista das melhores universidades brasileiras, de acordo com ranking publicado pelo MEC

O MEC (Ministério da Educação) divulgou o IGC (Índice Geral de Cursos) referente a 2015, um indicador de qualidade que avalia as instituições de ensino superior no País. O dado revela que, entre as 50 melhores universidades brasileiras, somente quatro são privadas.

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De acordo com o indicador do MEC , as quatro universidades privadas entre as 50 melhores do País são: PUC Rio (20º lugar), PUC-SP (21º lugar), Unisinos, do Rio Grande do Sul (29º lugar) e PUC-RS.

Do top 50, 37 são federais, sendo que a maioria (dez) está localizada em Minas Gerais. Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul têm quatro instituições cada, enquanto São Paulo tem três. Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte e Santa Catarina possuem duas universidades cada. Por fim, Bahia, Espírito Santo, Goiás e Paraíba têm uma instituição cada.

Apesar de as universidades estaduais aparecerem em número inferior ao de federais, o ranking é liderado por uma dessas instituições, a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). A USP (Universidade de São Paulo) não aparece na lista de instituições avaliadas porque não participa do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), prova que é utilizada como base para elaboração da nota.

Em relação às faculdades , o ranking de melhores do País é liderado por duas instituições privadas ligadas à FGV (Fundação Getulio Vargas): a Escola Brasileira de Economia e Finanças, no Rio de Janeiro, e a Escola de Economia de São Paulo. Em terceiro lugar aparece o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), em São José dos Campos (SP), que é federal e é referência em cursos de Engenharia.

A lista de centros universitários é encabeçada pela Facex, de Natal, no Rio Grande do Norte, que é privada e sem fins lucrativos. Em segundo lugar está a Facvest, de Santa Catarina, que também é privada. O Centro Federal De Educação Tecnológica De Minas Gerais ocupa a terceira colocação.

Veja a lista das melhores universidades:

Como funciona

O IGC é um indicador de qualidade construído com base na média ponderada das notas dos cursos de graduação e pós-graduação de cada instituição. Divulgado anualmente, o resultado final do IGC é expresso em valores contínuos (que vão de 0 a 500) e em faixas (de 1 a 5). Notas 1 e 2 são consideradas insatisfatórias.

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Caso as visitas dos especialistas confirmem o resultado do IGC, as instituições com notas inferiores a 3 têm prazo para recorrer desse resultado. Mantida a nota baixa, a instituição não poderá abrir novos campi, cursos ou ampliar vagas em cursos existentes até resolver os problemas indicados, mediante termo de saneamento firmado com a Secretaria de Educação Superior.

MEC informa que as instituições de ensino que obtiveram nota inferior a 3 receberão sanções administrativas
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MEC informa que as instituições de ensino que obtiveram nota inferior a 3 receberão sanções administrativas

Para a graduação, o cálculo do IGC considera a média dos CPC (Conceitos Preliminares de Curso) da instituição. O CPC tem como base o desempenho dos estudantes no Enade, o quanto o curso agrega de conhecimento ao aluno, além de indicadores de corpo docente, infraestrutura e organização didático-pedagógica. Na pós-graduação, o IGC utiliza a Nota Capes, que avalia a qualidade da pós-graduação numa escala de 1 a 5.

Desempenho insatisfatório

Das 230 universidades e institutos federais que aparecem no ranking do Ministério da Educação, duas obtiveram resultado inferior a três na faixa do IGC. São elas: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre e Universidade do Tocantins, que é mantida pelo governo estadual.

Já entre os centros universitários, quatro instituições aparecem com nota inferior a três, entre as 149 participantes do ranking. São os seguintes: Centro Universitário Luterano De Manaus (AM), Conservatório Brasileiro De Música (SP), Centro Universitário UNIRG (TO) e Centro Universitário Paulistano (SP).

Em relação às faculdades, a lista de escolas com desempenho inferior a três na faixa do IGC é composta por 307 instituições. O número equivale a quase 18% do total de instituições avaliadas.

Enade 2017

O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), autarquia vinculada ao Ministério da Educação, informa que fará melhorias na edição de 2017 do Enade. O exame passa a ter um edital para regular as obrigações do estudante e as regras de dispensa, além de trazer informações sobre inscrição, cadastro e aplicação. Até a edição de 2016, os coordenadores de cursos inscreviam todos os estudantes, sendo responsáveis por informar, inclusive, suas necessidades de Atendimento Especializado e Específico, e outros dados pessoais. Em 2017, a inscrição continua sendo responsabilidade do coordenador, mas cada estudante deverá realizar seu cadastro, informando suas especificidades.

Até a última edição, o estudante que cursasse mais de uma graduação escolhia, no dia da prova, em qual dos cursos seria avaliado. Agora, a escolha do curso que será avaliado deve ser feita durante o cadastro. Mudanças na logística implementadas em 2016 serão mantidas devido ao bom resultado alcançado.

Nesta edição, que será aplicada pelo ministério no dia 26 de novembro, o Enade vai avaliar aos estudantes dos cursos que conferem diploma de bacharel nas áreas de: Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Ambiental, Engenharia Civil, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Computação, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia de Produção, Engenharia Elétrica, Engenharia Florestal, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Engenharia e Sistemas de Informação; dos cursos que conferem diploma de bacharel e licenciatura nas áreas de Ciência da Computação, Ciências Biológicas, Ciências Sociais, Filosofia, Física, Geografia, História, Letras-Português, Matemática e Química; dos cursos que conferem diploma de licenciatura nas áreas de Artes Visuais, Educação Física, Letras-Português e Espanhol, Letras-Português e Inglês, Letras-Inglês, Música e Pedagogia; e dos cursos que conferem diploma de tecnólogo nas áreas de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Gestão da Produção Industrial, Redes de Computadores e Gestão da Tecnologia da Informação.

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O MEC informa que a participação no Enade é obrigatória aos estudantes convocados, e que a participação no exame é constituída como componente curricular obrigatório, sendo inscrita no histórico escolar do estudante somente a situação regular com relação a essa obrigação. O estudante selecionado que não comparecer ao exame estará em situação irregular.

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