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Reprodução/Nasa
Nasa informou que proliferação de algas marinhas no mar báltico pode cobrir toda a ilha de Manhattan, nos EUA

A Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) registrou imagens impressionantes de um 'redemoinho' de algas marinhas que tomou conta das águas do mar Báltico. Segundo informações publicadas pela agência, a quantidade alarmante de fitoplâncton, que contém centenas de algas verdes azuladas, atingiu grandes proporções por um motivo ainda desconhecido, se espalhando pelas bacias do Atlântico Norte e do Oceano Ártico. 

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O registro feito pela Nasa e uma série de análises realizadas por pesquisadores revelaram que o vórtice de algas marinhas  é tão grandioso, que seria capaz de cobrir toda a ilha de Manhattan, nos Estados Unidos.

A equipe de pesquisadores afirmou que, apesar de ainda não ter identificado a causa do padrão incomum, as águas do mar Báltico podem estar contribuindo para o crescimento exacerbado dessas plantas, já que são extremamente ricas em nutrientes, o que influencia na propagação de fitoplâcton e cianobactérias.

Embora haja dúvidas em relação à espécie do 'redemoinho', observações por satélite sugerem que tais flores verdes sejam cianobactérias, um tipo antigo de bactérias marinhas que capturam e armazenam energia solar por fotossíntese, como plantas terrestres. Outra suspeita é que as algas tenham sido propagadas por diatomáceas, organismos unicelulares ricos em clorofila.

Algas marinhas estão influenciando perda de oxigênio no Báltico

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Reprodução/Shutterstock
'Redemoinho' de algas marinhas verdes azuladas representa uma grande quantidade de cianobactérias tóxicas e nocivas

Pesquisas do Instituto Finlandês do Meio Ambiente (SYKE) apontaram que a floração aquática é composta principalmente por cianobactérias, e que, nos últimos anos, a proliferação de algas no mar Báltico desencadeou o aparecimento regular de 'zonas mortas' na bacia.

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 Os estudiosos explicaram que isso ocorre porque fitoplânctons e cianobactérias consomem os nutrientes abundantes no Báltico, o que causa uma reprodução descontrolada e, consequentemente, o esgotamento de oxigênio presente na água. De acordo com pesquisadores da Universidade de Turku, na Finlândia, estima-se que, neste ano, a zona morta chegue a 70 mil quilômetros quadrados.

Autoridades sanitárias polonesas comunicaram que a expansão os fez fechar diversas praias na costa do Báltico por conta da multiplicação de algas tóxicas , potencializadas pela onda de calor que assola a região atualmente.

"É proibido nadar em oito praias ao longo do mar aberto e em cerca de 20 praias na baía de Gdansk, devido ao aparecimento de cianobactérias que são nocivas à saúde da população. Acreditamos que o nitrato e o fosfato contidos no escoamento de fertilizantes agrícolas e esgoto se infiltraram no Báltico e causaram essa ‘floresta submersa’”, disse o inspetor de saúde da província de Gdansk, Tomasz Augustyniak.

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Os pesquisadores explicaram que, por mais riscos à saúde que possam apresentar, a ausência de algas marinhas como essas também gera processos orgânicos maléficos ao meio ambiente, uma vez que podem criar uma ‘zona morta’, onde não há vida marinha. Os cientistas concluíram que o mar Báltico enfrenta a pior perda de oxigênio do último milênio e que florações mais frequentes e massivas, combinadas com o aquecimento dos mares devido às alterações climáticas, estão dificultando a diversidade de peixes e outras espécies aquáticas na bacia.

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