A prefeitura de São Paulo disse que não haverá reajuste no valor das passagens dos ônibus municipais e que o valor continuará a ser de R$4,40 em 2024.
Na manhã de hoje (14), foi confirmada a informação que a tarifa passaria a ser de R$ 5,00, seguindo o reajuste que o governo do estado determinou para trens e metrôs , mas o governo de Ricardo Nunes voltou atrás.
Segundo a gestão municipal, a decisão de congelamento do valor foi tomada após a reunião que aconteceu nesta manhã de quinta-feira (14) com representantes da área de transporte do governo estadual.
A administração da cidade disse ter um "empenho em incentivar o transporte coletivo" e seguiu na explicação em nota: "a prefeitura ressalta que não há qualquer impedimento técnico na gestão de tarifas distintas entre os serviços de ônibus, metrô e trens, como já ocorrera em anos anteriores."
Como ficam os trens e metrôs
Administrados pelo governo estadual, os trens e metrôs da capital sofrerão reajuste de R$ 0,60 na passagem a partir de 1º de janeiro de 2024, passando de R$ 4,40 para R$ 5,00.
O governador Tarcísio de Freitas demonstrava que era a favor do aumento das tarifas e chegou a falar sobre o valor estar congelado "havia muito tempo", argumentando que isso prejudicava a saúde financeira das companhias.
Ônibus de graça aos domingos
Na segunda-feira (11), a prefeitura informou que os ônibus municipais da cidade de São Paulo irão rodar com tarifa zero aos domingos a partir do próximo dia 17. O prefeito, Ricardo Nunes (MDB) anunciou a medida em uma coletiva de imprensa, após reunição com integrantes da SPTrans.
Além dos domingos, a proposta contempla estender a tarifa zero para os dias de Natal, Ano Novo e aniversário da capital paulista, comemorado em 25 de janeiro.
Em novembro, o prefeito disse que estudava adotar a tarifa zero aos domingos ou no período noturno. A Câmara chegou a aprovar, em primeira votação, o orçamento de R$ 500 milhões para a medida em 2024.
Subsídios públicos para manter tarifa a R$ 4,40
A tarifa zero gera impasse entre a prefeitura e o governo estadual, que é responsável pelo transporte sob trilhos. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) já defendeu o reajuste na tarifa — desde 2020 ela está em R$ 4,40.
Sem o reajuste no valor da passagem, a prefeitura tem pago mais pelos subsídios. Em 2022, a atual gestão pagou R$ 5,1 bilhões às empresas de ônibus.