Lula e Maduro durante reunião em 2023
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Lula e Maduro durante reunião em 2023


Líderes de três países da América Latina , incluindo o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , estão se preparando para um diálogo com o presidente Nicolás Maduro nesta quarta-feira (4), visando encontrar caminhos para amenizar a crise política na Venezuela

O chanceler colombiano, Luis Gilberto Murillo , antecipou a reunião, que também contará com a participação de Gustavo Petro , da Colômbia , e Andrés Manuel López Obrador , do México .

Embora o Itamaraty ainda não tenha oficializado a agenda, Murillo relatou a importância de manter as conversas em um nível diplomático, garantindo a devida confidencialidade. Ele também destacou que a mediação será conduzida com respeito à soberania venezuelana, com o intuito de permitir que a população do país seja a protagonista na busca por soluções.

Murillo enfatizou que os governos do Brasil, Colômbia e México estão alinhados na busca por uma saída pacífica e negociada para o impasse na Venezuela. A intenção dos líderes é facilitar o processo de mediação, sem imposições externas.

Prisão de Edmundo González

A Justiça da Venezuela emitiu, na última segunda-feira (2), uma ordem de prisão contra Edmundo González , 75 anos, candidato da coalizão opositora nas eleições presidenciais que declararam Nicolás Maduro como vencedor. A decisão atendeu um pedido do regime de Maduro, que vem sendo tratado como uma ditadura desde que foi declarado o vencedor das eleições em 2024.

A ordem de prisão contra Edmundo González foi expedida após o opositor não comparecer a uma audiência marcada para a última sexta-feira (30), dia em que a Venezuela enfrentou um apagão nacional. Segundo o Ministério Público, a ausência dele, que já havia desobedecido outras intimações, levou as autoridades a considerá-lo um "risco de fuga e de obstrução", justificando o mandado de prisão.

Nesta terça-feira (3),  o assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim, comentou sobre a ordem de prisão da Justiça venezuelana contra o opositor Edmundo González . Para Amorim, é "muito preocupante" e "a coisa errada a se fazer".

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