Manifestação golpista na Praça dos Três Poderes
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Manifestação golpista na Praça dos Três Poderes

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou mais 225 pessoas pelos ataques aos Três Poderes em Brasília, no último dia 8 de janeiro. Essa é a sexta denúncia apresentada pelo Ministério Público contra os terroristas.

O pedido, endereçado ao Supremo Tribunal Federal (STF), é assinado pelo subprocurador-geral Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos. Na ação, Santos foca em pessoas presas em frente ao Quartel-General do Exército na capital federal.

O subprocurador pede para que os suspeitos sejam enquadrados nos crimes de associação criminosa e incitação ao crime equiparada a animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais. Frederico Santos ainda quer que os terroristas arquem com indenizações por “danos morais coletivos evidenciados pela prática dos crimes imputados”.

Ao todo, a PGR já denunciou 479 pessoas pela participação dos atos terroristas contra os Três Poderes no começo do mês. O MP não descarta novas denúncias contra os suspeitos nos próximos dias.

Ataques em Brasília

Os prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos por bolsonaristas na tarde de 8 de janeiro. Eles protestaram contra a vitória de Lula e o uso das urnas eletrônicas.

No dia anterior, caravanas de bolsonaristas chegaram à Brasília para o ato. O ministro da Justiça, Flávio Dino, chegou a solicitar o uso da Força Nacional para manter a segurança da Praça dos Três Poderes.

No Congresso, os manifestantes vandalizaram o salão verde da Câmara dos Deputados e invadiram o plenário do Senado. Já no Planalto, os suspeitos quebraram portas e tentaram invadir o gabinete presidencial.

Na Suprema Corte, os manifestantes tentaram invadir os gabinetes dos ministros, quebraram as portas dos armários onde ficam as togas, além de quebrar vidraças e vandalizar a fachada do prédio.

Cerca de mil pessoas foram presas e levadas para a carceragem da Polícia Federal na capital. Algumas já foram liberadas por decisões do STF, enquanto outros ainda aguardam o pedido de habeas corpus.

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