A família do congolês Moïse Kabagambe, espancado até a morte na orla da Barra da Tijuca , no último dia 24, disse, disse neste sábado (5), que pensa em ir embora do Brasil e voltar para a República Democrática do Congo. Francis Mouri, irmão de Moïse afirmou que não há nada que o prenda aqui.
"Além de justiça para o meu irmão, nós estamos pensando em voltar. Eu não tenho nada que me prenda ao Brasil mais, vou conversar com meus irmãos e juntos vamos decidir", afirmou.
A fala do irmão foi durante um protesto que pedia justiça pela morte de Moïse . Milhares de pessoas estiveram na frente do quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, onde a vítima foi espancada.
Com faixas e cartazes, os manifestantes pediam rápida e transparente apuração e punição dos envolvidos. "Parem de nos matar. Vidas negras importam", dizia uma das faixas estendidas no local. "Enquanto houver racismo, não haverá democracia ", dizia outra.
A Polícia Militar informou que equipes do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes), com apoio de outras unidades da corporação, acompanharam a movimentação com o objetivo de manter a segurança da população e preservação da ordem pública durante o evento.