O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel , criticou fortemente o presidente Bolsonaro após o decreto que torna salões de beleza e academias serviços essenciais. Segundo Witzel, Bolsonaro "caminha para o precipício e quer levar com ele todos nós".
"Estimular empreendedores a reabrir estabelecimentos é uma irresponsabilidade. Ainda mais se algum cliente contrair o vírus", disparou o governador. O estado do Rio de janeiro não vai aderir ao decreto presidencial, e tem sua posição amparada na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a qual determina que Estados e municípios têm autonomia para adotar regras de isolamento social durante a pandemia.
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O Rio de Janeiro vem seguindo caminho oposto ao que sugere Bolsonaro. Enquanto o presidente faz lobby por reabertura, o estado vem adotando uma espécie de lockdown gradual , com fechamentos mais rígidos em áreas mais afetadas, como é o caso da zona oeste da capital fluminense.
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Até mesmo o prefeito do Rio, Marcelo Crivella , considerado aliado do presidente, tem seguido caminho contrário. A capital pratica "semi-lockdown", após medidas publicadas ontem em decreto extraordinário, que incluem a proibição do tráfego de pessoas e veículos em regiões centrais de alguns bairros das zonas norte e oeste, de estacionamento na orla, de comércio nas favelas e da realização de apostas em casas lotéricas.