Ao menos 16 pessoas foram presas, a maioria em flagrante, em uma operação conjunta das Forças Armadas e das polícias estaduais em comunidades do centro do Rio, o Complexo do São Carlos e o Morro da Mineira. A ação tinha o objetivo de prender suspeitos que teriam participado da invasão da favela da Rocinha, na zona sul da cidade, em setembro.
Veja também: Temer sanciona lei que torna crime hediondo o porte de arma de uso restrito
No entanto, os principais alvos da operação no Rio de Janeiro não foram presos. Marcelo Bernardino da Fonseca, o Limão da 40, apontado como chefe da quadrilha que controla o comércio de drogas no Morro de São Carlos, e Leonardo Miranda da Silva, o Léo Empada, braço-direito de Limão da 40 e líder da tentativa invasão da Rocinha, conseguiram fugir.
A megaoperação contou com 2.500 policiais participaram da ação. Os soldados e policiais fecharam ruas e revistaram pessoas que entravam nas comunidades. Além disso, o espaço aéreo da região foi fechado.
“As investigações continuam. Certamente, teremos novas ações das forças estaduais com o apoio do governo federal, que não se esgotam neste momento”, disse o subsecretário de Comando e Controle da Secretaria Estadual de Segurança, Rodrigo Alves.
Ao todo, mais de 4.200 alunos de seis escolas e dez creches da rede municipal ficaram sem aulas nesta manhã por causa dos tiroteios e risco de confrontos armados na região central.
Até agora, a mobilização das Forças Armadas no Rio de Janeiro cerca de 25 milhões de reais, de julho até esta sexta-feira, segundo o Estado-Maior Conjunto das Operações em Apoio ao Plano Nacional de Segurança no Rio.. O plano prevê gastos de até R$ 47 milhões.
Histórico de violência
Confrontos e tiroteios na Rocinha têm sido rotineiros desde setembro, devido à disputa pelos pontos de venda de drogas da comunidade entre dois grupos criminosos rivais e à presença da polícia no local.
Além disso, as prisões acontecem um dia depois de varreduras pelas ruas de comunidades do bairro do Lins de Vasconcelos, que tinham o objetivo de encontrar e prender os criminosos que mataram o comandante da PM, o tenente-coronel Luiz Gustavo Pereira. Mesmo sem prisões no caso, a polícia anunciou nesta sexta-feira que identificou um dos suspeitos .
Na semana passada, uma turista espanhola foi morta por policiais na favela da Rocinha, durante um bloqueio. Ela fazia um passeio pelo comunidade e os policiais dizem que o carro em que ela estava não parou depois de abordado.
*com informações da Agência Brasil e TV Globo